200 ANOS DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL, DOM PEDRO I, UM IMPERADOR GENUINAMENTE BRASILEIRO.

Brasil

A história da nossa monarquia nem sempre recebeu o devido respeito por parte de acadêmicos, jornalistas e professores. A forma jocosa, debochada e caricata como sempre foi contada criou-se por parte do povo um certo desdém por nossos fundadores. A casa de Bragança, sem sombra de dúvidas, foi responsável por gerar e fincar às raízes do Brasil que conhecemos hoje.
Dom Pedro I, vigésimo quarto rei de Portugal e primeiro Imperador do Brasil, venceu rebeliões internas e manteve às províncias unidas (o que hoje chamamos Estados da Federação). Foi no dia 7 de setembro de 1822, que o príncipe da Casa de Bragança, desafiou o pai, o rei de Portugal, Dom João VI, e decretou a independência do Brasil. O conflito familiar foi necessário para que o Reino chamado Brasil seguisse seu caminho. No dia 25 de março de 1824 foi outorgada a primeira constituição brasileira, nela havia o quarto poder, o moderador, que mantinha o poder absolutista de Dom Pedro I.
Nem tudo foram flores, depois de decretada a independência, algumas províncias permaneceram fiéis à Lisboa entrando em conflito com às forças do Imperador. Dom Pedro I não mediu esforços para sucumbir às manifestações de cunho republicano e de independência que surgia no Brasil. Ele enfrentou e derrotou a Confederação do Equador, já a Guerra da Cisplatina não conseguiu ter o mesmo êxito, sendo derrotado e obrigado a reconhecer a formação da República do Uruguai.
Amado pelo povo, respeitado por Leopoldina, sua esposa e Imperatriz do Brasil, Dom Pedro tinha suas fraquezas, e a maior de todas eram às mulheres. De todas às amantes que teve, e foram muitas, Domitila foi a que mais mexeu com ele.
Dom Pedro teve sabedoria para lidar com os conflitos, soube superar às traições e teve em José Bonifácio o grande mentor do período que reinou aqui no Brasil. Com a morte do pai, foi obrigado deixar a Terra de Santa Cruz e retornar para Lisboa para assumir o trono, deixando o Brasil sendo governado por uma regência, até o filho Dom Pedro II atingir a maior idade. Dom Pedro I, o monarca que soube curtir a vida, não dispensava uma boemia, morreu aos 35 anos de tuberculose em Portugal. Seus restos mortais encontram-se na Catedral São Pedro de Alcântara, em Petrópolis.