“Estafeta” descrição de John Mawe, viajante inglês de passagem por Minas Gerais, 1817. Ilustração de Ivan Wasth Rodrigues.
Os estafetas (mensageiros) , negros ágeis e fortes , transportavam a correspondência num saco de couro preso ao corpo por meio de correias e conduziam uma espingarda para se defenderem e proverem à própria subsistência.
No Brasil no Séculos XVI e XVII, o serviço de entrega de cartas se dava na base da “camaradagem”. Foi somente em 25 de janeiro de 1663, que entregar correspondência virou ofício, pelo menos para o primeiro correio-mor do Brasil, Luiz Gomes da Matta Neto, cidadão experiente no exercício da função (ele era correio-mor em Portugal). Com sua nomeação, o serviço de entrega de cartas passou a funcionar no Brasil como uma organização qualificada, responsável por receber e expedir mensagens e encomendas por todo o Reino. Porém, o serviço era muito precário. As pessoas relutavam em pagar as taxas, que eram altas, e acabavam optando em utilizar mão de obra barata ou até gratuita, como tropeiros, bandeirantes e escravos.