QUANDO A ATROCIDADE HUMANA ASSUSTA ATÉ O INFERNO

Internacional

Em 1 de setembro de 1939, Hitler assinava o “decreto da eutanásia” (chamado a partir de outubro daquele ano como ‘Aktion T4’), que autorizava a realização de um programa de eutanásia em pessoas com deficiência físicas e mentais, julgadas pelo governo “indignas de viverem”.

O decreto dizia: “O líder do Reich encarrega Philipp Bouhler e o Dr. Brandt da responsabilidade de ampliar a competência de certos médicos, designados pelo nome, de modo que os pacientes, baseando-se no julgamento humano, que forem considerados incuráveis, podem ser-lhes concedidas a morte de misericórdia após diagnóstico”.

Desta forma, sob a organização de Karl Brandt (médico pessoal de Hitler) e chefia de Philipp Bouhler (o chefe da chancelaria privada de HitI3r) o programa Aktion T4 ocorreu oficialmente de 1939 a 1941 e, não-oficialmente até o fim do regime alemão, em 1945.

No período oficial do programa, mais de 70.200 pessoas foram mortas, já no período não-oficial, relatórios descobertos durante os Julgamentos de Nuremberg estimam que mais de 275 mil pessoas com alguma deficiência física ou mental foram mortas por medicação, fome ou nas câmaras de gás.

O nome T4 era uma abreviação de Tiergartenstraße 4, um endereço no bairro Tiergarten em Berlim, que foi a sede da “Gemeinnützige Stiftung für Heil- und Anstaltspflege”, algo como “Fundação de caridade para cuidados institucionais”, em português.

Ao fim da guerra, Karl Brandt foi preso e condenado a morte no que ficou conhecido como “processo contra os médicos”, já Bouhler se suicidou.

Fontes: Livro “Holocaust: The Nαz! Persecution and Murder of the Jews”, de Peter Longerich / Encyclopaedia Britannica / Wikipedia / Superinteressante

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