FUNDAÇÃO DE SÃO PAULO

Brasil

“A Fundação de São Paulo” é um óleo sobre tela de Oscar Pereira da Silva do ano de 1909. Acervo do Museu do Ipiranga. O quadro retrata uma cena idealizada sobre a missa de fundação da capital paulista pelos padres Manuel da Nóbrega, Manuel Paiva e José Anchieta em 1554.

Foi a 25 de janeiro de 1554 que um grupo de missionários jesuítas, chefiado pelo padre Manuel da Nóbrega, se fixou num planalto chamado então de Piratininga, onde fundou um colégio destinado à evangelização das populações ameríndias. Após a consagração do local, foi-lhe dado o nome de S. Paulo, por ser o dia dedicado ao apóstolo com esse nome.

A escolha do local, que fica a uns 50 km da costa, prendeu-se com as condições naturais da região e, sobretudo, com o bom acolhimento concedido pelos líderes locais à presença portuguesa e pela sua abertura à conversão ao catolicismo. É de destacar a influência exercida por João Ramalho, um português que ali vivia há várias décadas entre os índios Tupiniquins e que tinha casado com a filha de um dos chefes. Foi, portanto, uma fundação pacífica e consensual, que resultou da vontade dos missionários de desenvolverem o seu trabalho de forma autónoma e longe da influência das autoridades e dos colonos portugueses.

O pequeno núcleo fundado por Manuel da Nóbrega cresceu rapidamente e sofreu um impulso decisivo quando em 1560 foi ordenada a transferência dos habitantes do povoado de Santo André da Borda do Campo. Foi então elevada à categoria de vila e dotada de instituições próprias, como uma Câmara Municipal e uma Misericórdia. Dois anos mais tarde sofreu um primeiro ataque por parte de uma confederação rival dos Tupiniquins, que foi repelida e que assegurou o desenvolvimento do núcleo.

Fonte: Terra de Santa Cruz