Em interrogatório, Flordelis faz acusações contra marido, de quem é apontada como mandante da morte

Brasil

O julgamento dos cinco acusados de envolvimento na morte do pastor Anderson do Carmo — entre eles a ex-deputada Flordelis dos Santos de Souza — entra no sexto dia neste sábado, quando começam a ser interrogados os réus. Às 11h45, a pastora começou a ser ouvida. Ela, que seria a última a falar, é a segunda do dia. O filho afetivo André Luiz Oliveira foi o primeiro. Também serão interrogados Marzy Teixeira, filha afetiva e Simone dos Santos Rodrigues, filha biológica da pastora, a neta Rayane Oliveira.

Flordelis responderá às perguntas apenas da defesa e dos jurados. A advogada Janira Rocha conduz o interrogatório perguntou sobre quem é o autor do homicídio do pastor Anderson do Carmo, marido da ex-deputada.
— Eu não posso acusar ninguém. Não estava presente no local, não vi. Não posso afirmar — disse Flrodelis.

A advogada questionou o motivo do crime:
— É muito difícil pra mim falar, mas foi a ciência, os abusos. Os abusos na minha casa — disse a pastora. — Eu não tinha conhecimento. Eu amava meu marido. Ele era tudo para mim, era minha vida. Houve desconfiança uma única vez, com minha filha Kelly.

A avogada pediu que Flordelis falasse sobre os abusos que sofria e se sabia se outras mulheres da família passavam por isso.
— No inico do nosso casamento era muito bom, foi um inécio muito bom. Quero ressaltar que casei com ele por causa dos problemas muito fortes que tinha na época. Sempre tive costume de assinar documentos sem ler. Depois de casada, começou a me bater. Ele me batia. Depois ele parou com essa prática de me bater. Dpeois ele se tornou uma coisa assim, muito doída, muito sofrida.

Ao ser perguntada se alguém presenciou Anderson batendo nela, Flordelis respondeu que algumas filhas tentavam evitar separando o casal e que o filho Alexsander Felipe Matos Mendes, na casa chamado de Luan, também teria visto.
— Sim. O Luan, algumas filhas entravam na frente. Depois do aconselhamento de um pastor, Abílio Santana, ele não bateu mais em mim. Nunca mais — disse. — Teve uma época que começou a ficar agressivo no ato sexual. Sò sentia prazer se me machucasse.

Fonte: Jornal Extra