Na homilia da Missa solene da Noite de Natal deste sábado, na Basílica de São Pedro, com milhares de fiéis e peregrinos presentes oriundos de várias partes do mundo, o Papa convidou a redescobrir o sentido do Natal.
Para isso, Francisco propôs o simbolismo da manjedoura, o local onde Cristo entra em cena no mundo. Ali, podemos refletir sobre três aspectos: proximidade, pobreza e concretismo.
“Também neste Natal, uma humanidade insaciável de dinheiro, poder e prazer não dá lugar – como sucedeu com Jesus – aos mais pequenos, a tantos nascituros, pobres, abandonados. Penso sobretudo nas crianças devoradas por guerras, pobreza e injustiça. Mas é precisamente lá que vem Jesus, menino na manjedoura do descarte e da rejeição.”
Além da proximidade, a manjedoura de Belém fala-nos de pobreza.
“A primeira riqueza é Jesus. Mas nós… queremos mesmo estar ao seu lado? Aproximamo-nos Dele, amamos a sua pobreza? Ou preferimos cingir-nos comodamente aos nossos interesses? Sobretudo visitamo-Lo onde Se encontra, isto é, nas pobres manjedouras do nosso mundo? É lá que Ele está presente. E nós somos chamados a ser uma Igreja que adora Jesus pobre, e serve Jesus nos pobres.”
Desenvolvendo o último ponto de sua reflexão, Francisco ressaltou ainda que a manjedoura nos fala de concretismo.
“Jesus, que nasce pobre, viverá pobre e morrerá pobre, não fez muitos discursos sobre a pobreza, mas viveu-a, em toda a sua profundidade, por nós. Da manjedoura à cruz, o seu amor por nós foi palpável, concreto: do nascimento à morte, o filho do carpinteiro abraçou a aspereza da madeira, a aspereza da nossa existência. Não nos amou com palavras, não nos amou por divertimento!”
“Não deixemos passar este Natal sem fazer algo de bom. Uma vez que é a festa Dele, o seu aniversário, ofereçamos-Lhe presentes de que Ele gosta! No Natal, Deus é concreto: em seu nome, façamos renascer um pouco de esperança em quem a perdeu!”
Fonte: Vatican News