Deyselene Menezes foi encontrada carbonizada em um matagal. Dois suspeitos estão presos.
A mulher que foi torturada e morta em um motel de Goiás pediu socorro por mensagem após se negar a fazer pedidos sexuais feitos por um suspeito, conforme o print da conversa dela com outra pessoa, horas antes de morrer.
Deyselene de Menezes Rocha, que era garota de programa, segundo a polícia, foi encontrada carbonizada no dia 13 outubro de 2022, em um matagal em Abadia de Goiás, na Região Metropolitana de Goiânia. Ela tinha sinais de tortura, como um arame enrolado no pescoço.
O delegado que investiga o caso, Arthur Fleury, informou que Leandro Alves da Costa e Wallace Alves Novais foram presos suspeitos do homicídio. Eles estavam no motel com Deyselene e negaram o crime.
O g1 não localizou a defesa dos suspeitos para se manifestar sobre o caso até a última atualização desta reportagem.
A Polícia Civil informou anteriormente que uma mulher, que é garota de programa, que estava com os suspeitos no motel também era suspeita do homicídio. Mas na sexta-feira (13), a corporação disse que ela passou de suspeita para testemunha do caso, após investigação descobrir que ela não teve envolvimento.
A Polícia Civil disse que imagens do circuito de segurança do motel gravaram quando a vítima chega ao estabelecimento em carro dirigido por Leandro Alves. Após um tempo, chega a testemunha e Wallace.
Horas depois, a testemunha vai embora andando pela porta de entrada do motel. Leandro e Wallace aparecem saindo de carro. A vítima não foi mais vista.
Ao observar as câmeras de segurança do motel, a Polícia Civil verificou que no banco de trás do carro havia um volume encoberto com um pano. O delegado disse que na conta paga no motel por Leandro há a cobrança de um lençol e um travesseiro, que ele teria levado do estabelecimento.
A irmã de Deyselene relatou à polícia que ela foi vista pela família pela última vez, por volta das 4h do dia 12 de outubro de 2022, quando deixou o filho aos cuidados da irmã.
Histórico policial
A corporação informou ainda que Leandro já tem passagens pela polícia por estupro, homicídio e posse irregular de arma de fogo, e que era monitorado por tornozeleira eletrônica, mas, após o crime contra a goiana, a rompeu e desapareceu.
A Polícia Civil disse ainda que os presos são suspeitos de praticarem outros crimes graves e que a divulgação das imagens podem ajudar no esclarecimento de outras infrações penais, após reconhecimento por possíveis vítima e testemunhas.
Morte de adolescente
A Polícia Civil disse que Leandro também é suspeito de ser o autor de um assassinato contra uma adolescente de 15 anos, que foi achada morta com sinais de tortura em um motel em Ciudad del Este, no Paraguai.
O crime contra a menina foi no dia 3 de novembro do ano passado, ou seja, menos de um mês após o crime contra Deyselene.
Fonte: G1