O dantes Deus incorpóreo e invisível, portanto não representável por imagens, na plenitude dos tempos e nascido de mulher (Cf. Gálatas 4,4), fez-se carne, corpóreo, visível e habitou entre nós (Cf. João 1,14), que é Ele mesmo a imagem nítida, tangível, de Deus Pai (Cf. Colossenses 1,15, João 10,30; João 14,7.10-11; Hebreus 1,3)!
Agora, o Deus Transcendente que se fizera contingente na feitura de homem, podemos, pois, representá-lo por figuras sacras e, por extensão e analogia, também suas criaturas humanas e servas, os santos justos, bem como os santos anjos do Céu, tal como foram representados na figura de dois querubins sobre a Arca, a mando do próprio Deus!
Seguimos, assim, a tradição bíblica, referendada pelo mesmo Deus, de representar seus servos por imagens sacras. Ora, dentre todos eles, Maria Santíssima é tão mais serva do Altíssimo quanto são os querubins, teve Ela papel fundamental na Encarnação do Verbo, em quem o eterno e o infinito tocou e se conjugou com o tempo e a finitude humana! Que óbice há, então, de representar-se a Virgem com uma belíssima e piedosa imagem sagrada? A razão, o bom senso, impõem-se, e nada nos impede de honrá-la desta forma!