Aquisição foi anunciada no fim de semana, dias após ações do Credit Suisse despencaram por conta da recusa de seu maior investidor em investir mais dinheiro no banco.
Os papéis do UBS recuavam cerca de 10% por volta das 6h (horário de Brasília) desta segunda-feira (20), um dia após o banco anunciar a aquisição do Credit Suisse por US$ 3,2 bilhões.
As ações do Credit caíam mais de 60% por volta do mesmo horário.
Tradicionalmente, os investidores tendem a não receber muito bem notícias de fusões e aquisições, já que existe uma dúvida por parte do mercado sobre quanto tempo a operação de compra trará retorno financeiro para quem está comprando (no caso, o UBS).
A queda nas ações do Credit Suisse, por sua vez, era menos esperada. Na teoria, investidores tendem adquirir ações de uma empresa que está sendo comprada por apostar numa valorização no futuro. Porém, não foi o que aconteceu até o início da manhã desta segunda (20).
Entenda o que aconteceu com o Credit Suisse
As ações do Credit Suisse despencaram mais de 20% na quarta e trouxeram temores ao mercado sobre uma situação generalizada de crise bancária internacional. Além do Credit Suisse, concorrentes europeus viram as ações despencarem naquele dia, também acima dos 10%.
A crise envolvendo o Credit Suisse acontece após o banco apresentar resultados ruins no trimestre passado e ver seu principal acionista, o Saudi National Bank – que tem participação de 10% na sociedade da empresa – , não o apoiar com um aumento de participação no capital. O investimento não aconteceu por questões regulatórias
Na quinta-feira (16), o banco pediu um empréstimo de US$ 54 bilhões (o equivalente a R$ 285 bilhões) ao Banco Central da Suíça. O Banco Nacional da Suíça já havia informado que garantiria a liquidez do Credit Suisse se fosse necessário.
Fonte: G1