TORCEDOR DO VASCO DESAPARECE APÓS SAIR DO ESTÁDIO DO MARACANÃ NO CLÁSSICO CONTRA O FLAMENGO

Brasil

Amigos e familiares estão à procura de Carlos Henrique Oliveira de Salles, de 25 anos, que desapareceu após o clássico entre Vasco e Flamengo, realizado no Maracanã, no último domingo (19). Vestido com uma camisa do cruz-maltino, o jovem se perdeu dos amigos após a saída do estádio e não foi mais visto. Seu celular, após ficar longo tempo sem receber mensagem, foi encontrado em posse de um homem que disse ter comprado o aparelho de um “usuário”, em Madureira, na Zona Norte.

De acordo com Júlio Cesar Lisboa, de 23 anos, um dos 9 amigos que foram ao jogo, era com ele que o Carlos se comunicava após se desencontrar dos demais. “Nós viemos em 10. Todos amigos, ninguém envolvido em coisa errada, tampouco alguém de organizada. Após o jogo, saímos pelo portão B e fomos todos até a Uerj, onde os carros que nos trouxeram de Guaratiba foram estacionados. Quando lá chegamos, notamos que o Carlos havia ficado para trás”, narrou.

Júlio também comenta que, ambos mandaram suas localizações exatas a fim de conseguirem se achar, mas, como Carlos parecia estar com problemas no celular, o amigo aconselhou que ele retornasse ao Maracanã. O jovem, então, disse que voltaria para casa de trem, ideia que foi rechaçada por Júlio. Pouco depois, as mensagens pararam de chegar para Carlos.

Pensando que o jovem havia, de fato, pegado o trem e sem conseguir se comunicar, todos foram embora. No dia seguinte, após várias tentativas de contato, uma pessoa atendeu o celular de Carlos, como contou a irmã, Ana Clara Salles. “Um homem atendeu, dizendo ter comprado o aparelho do meu irmão de um ‘usuário’ em Madureira e que, para devolver, exigia o valor pago – segundo ele, R$ 400 -, para que não ficasse no prejuízo”, contou.

Ainda de acordo com a irmã, o pai já foi até várias delegacias e hospitais da redondeza do estádio para tentar descobrir o paradeiro de Carlos. No Instituto Médico Legal, também não chegou nenhum jovem com características semelhante as dele.

Além do drama de não saber onde está o irmão, a família ainda é alvo de trotes por parte de pessoas que dizem que Carlos está em determinada comunidade e pedem dinheiro pelo resgate. “Na hora do nervoso, caí na besteira de colocar meu celular pessoal no cartaz de procura-se. Com isso, além de não saber onde meu irmão está, todos nós ainda temos que aguentar gente ruim, querendo passar trote, dizendo que meu irmão tá em determinado lugar e só será solto mediante pagamento”, desabafou.

A família afirmou que sumir não é um comportamento comum de Carlos, sobretudo ficar sem dar informações. O jovem trabalha em um restaurante do Recreio dos Bandeirantes e mora com o pai, em Guaratiba, na Zona Oeste. Eles estão organizando uma manifestação para esta terça-feira (21), às 19h, em frente ao Portão B do Maracanã.

O caso foi registrado na 18ª DP (Praça da Bandeira) e encaminhado posteriormente para a Delegacia de Descoberta de Paradeiros.

A família pede que, quem realmente tiver pistas que possam levar ao paradeiro de Carlos, entrem em contato com o número (21) 98527-1680 ou com o Disque Denúncia: 2253-1177. O anonimato é garantido.