A mulher que sofreu a Paixão com Cristo.

Igreja

No início do século XX, uma jovem campesina alemã sonhava em ser missionária na África e dedicar sua vida à evangelização e ao auxílio dos necessitados.

Mas um grave acidente acabou mostrando que Deus lhe preparou uma diferente missão: sofrer com Cristo e evangelizar com seu exemplo.

Seu nome era Teresa Neumann.

Uma queda durante um incêndio paralisou parcialmente sua coluna e lhe deixou danos progressivos.

Em menos de um ano, aquela jovem vigorosa já estava paralítica, cega e confinada à sua cama. E foi justamente ali que pôde entregar-se inteiramente a serviço de Deus.

Mantendo-se assim por anos, Teresa viu sua condição mudar milagrosamente após receber uma visita de Santa Teresinha, a quem tinha grande devoção, justamente no dia da sua canonização:

“Teresa, você não ficaria alegre se recebesse pelo menos algum alívio no seu sofrimento?”

E ela respondeu: “Tudo o que vem de Deus faz com que eu seja alegre, pois Ele sabe melhor do que eu”.

E ficou completamente curada — mas ainda teria de sofrer muito.

No ano seguinte, na primeira sexta-feira da Quaresma, caiu novamente de cama. Ali, teve uma visão do Senhor ajoelhado no Gêtsemani, sentiu uma dor fortíssima começar a pulsar no seu lado e o sangue a escorrer de si.

A partir de então, ela sofreria toda semana as dores da Via Sacra com o Cristo. Recebeu as Suas chagas nas mãos, costas, pés, cabeça e peito, que sangravam sem parar de sexta a sábado.

Sua vida tornou-se uma constante oferta de sofrimentos em união com o sacrifício de Cristo na Cruz, oferecendo as dores e feridas em expiação dos pecados da humanidade e pela conversão dos pecadores.

Passados alguns anos, no aniversário de morte de Santa Teresinha, ela recebeu novamente uma visita da santa, que lhe disse:

“De agora em diante não necessitarás de nenhum alimento terrestre.”

Daí até a sua morte, 35 anos depois, Teresa não se alimentou mais de nada, a não ser do Corpo de Cristo diariamente na comunhão.

Quando lhe perguntavam do que ela vivia sem que sequer perdesse peso, ela respondia:

“De Deus”.

E viveu de Deus, sofrendo com o Seu Filho, até ser chamada a viver com Ele eternamente.