A PERDA DE MERCADO DO MAKRO

Economia

Makro vai sair do Brasil? Veja mudanças nos grandes mercados e quem lidera.

No Brasil desde 1972, o grupo atacadista Makro está vendendo lojas e tem agora apenas oito unidades no país. Em 2020, eram 62. A empresa de origem holandesa já foi referência como atacadista, mas não resistiu às mudanças no setor.

O que está acontecendo?

No fim de janeiro, o grupo Makro vendeu 16 lojas e 11 postos de combustível para a rede paranaense Muffato. Três dos imóveis ficam na capital paulista, três na Grande São Paulo e os dez restantes, no interior.

O Makro pertence à holandesa SHV. A empresa atua em vários segmentos de negócios em todo o mundo, incluindo energia, distribuição, nutrição animal e serviços financeiros. Segundo reportagem do InfoMoney, a atacadista se prepara para deixar o país. Procurada pelo UOL, a empresa não se pronunciou sobre isso. Atacado continua forte Apesar do encolhimento do Makro, o setor atacadista segue forte no Brasil, mas com outro nome. Já faz alguns anos que o setor passou a ser chamado de atacarejo —expressão formada pela junção das palavras “atacado” e “varejo”. Nesse modelo, as compras podem ser feitas tanto em grandes quantidades (atacado) ou em volumes menores (varejo).

UOL – O melhor conteúdo
ECONOMIA

ASSINE
DÓLAR COM.
-0,224,915
PESO
-0,430,023
EURO
-0,75,405
BITCOIN
0,53151.540,39
BOVESPA
-0,17106.279,37
IPCA
0,84Fev.2023
SELIC
13,7522.Mar.2023
ECONOMIA
ECONOMIA
Makro vai sair do Brasil? Veja mudanças nos grandes mercados e quem lidera

Gabriela Bulhões

Colaboração para o UOL, de São Paulo

16/04/2023 04h00

No Brasil desde 1972, o grupo atacadista Makro está vendendo lojas e tem agora apenas oito unidades no país. Em 2020, eram 62. A empresa de origem holandesa já foi referência como atacadista, mas não resistiu às mudanças no setor.

O que está acontecendo?
No fim de janeiro, o grupo Makro vendeu 16 lojas e 11 postos de combustível para a rede paranaense Muffato. Três dos imóveis ficam na capital paulista, três na Grande São Paulo e os dez restantes, no interior.

PUBLICIDADE

O Makro pertence à holandesa SHV. A empresa atua em vários segmentos de negócios em todo o mundo, incluindo energia, distribuição, nutrição animal e serviços financeiros.

Segundo reportagem do InfoMoney, a atacadista se prepara para deixar o país. Procurada pelo UOL, a empresa não se pronunciou sobre isso.

Atacado continua forte
Apesar do encolhimento do Makro, o setor atacadista segue forte no Brasil, mas com outro nome. Já faz alguns anos que o setor passou a ser chamado de atacarejo —expressão formada pela junção das palavras “atacado” e “varejo”. Nesse modelo, as compras podem ser feitas tanto em grandes quantidades (atacado) ou em volumes menores (varejo). Os preços para o atacado são mais baixos, mas, por causa do formato, os valores no varejo também são atraentes.

Modelo atual é diferente do adotado pelo Makro. Por muitos anos, as vendas só eram feitas no atacado e para pessoas jurídicas —ou seja, era preciso ter CNPJ e cadastro para comprar nas lojas da rede holandesa.

O Makro ficou para trás com o surgimento do atacarejo. Segundo Manoel Lins, sócio da Auddas, empresa de consultoria de gestão, a abertura para o consumidor final é um dos pontos mais importantes para explicar o sucesso dos mercados que vendem tanto no atacado quanto no varejo.

Tamanho do atacarejo
Em 2022, havia mais de 2.000 lojas desse perfil pelo país, segundo estudo da McKinsey. A fatia do atacarejo no varejo de alimentos foi de 40% no ano passado.

O Atacadão teve recorde de aberturas em 2022. A empresa, do grupo Carrefour, fechou o ano com 341 lojas. O faturamento bruto no ano passado foi de R$ 74,4 bilhões

Em novembro de 2022, o Assaí Atacadista tinha 250 lojas. Segundo o Ibevar, o Assaí teve faturamento bruto de R$ 45,6 bilhões em 2022.

UOL – O melhor conteúdo
ECONOMIA

ASSINE
DÓLAR COM.
-0,224,915
PESO
-0,430,023
EURO
-0,75,405
BITCOIN
0,53151.540,39
BOVESPA
-0,17106.279,37
IPCA
0,84Fev.2023
SELIC
13,7522.Mar.2023
ECONOMIA
ECONOMIA
Makro vai sair do Brasil? Veja mudanças nos grandes mercados e quem lidera

Gabriela Bulhões

Colaboração para o UOL, de São Paulo

16/04/2023 04h00

No Brasil desde 1972, o grupo atacadista Makro está vendendo lojas e tem agora apenas oito unidades no país. Em 2020, eram 62. A empresa de origem holandesa já foi referência como atacadista, mas não resistiu às mudanças no setor.

O que está acontecendo?
No fim de janeiro, o grupo Makro vendeu 16 lojas e 11 postos de combustível para a rede paranaense Muffato. Três dos imóveis ficam na capital paulista, três na Grande São Paulo e os dez restantes, no interior.

PUBLICIDADE

O Makro pertence à holandesa SHV. A empresa atua em vários segmentos de negócios em todo o mundo, incluindo energia, distribuição, nutrição animal e serviços financeiros.

Segundo reportagem do InfoMoney, a atacadista se prepara para deixar o país. Procurada pelo UOL, a empresa não se pronunciou sobre isso.

Atacado continua forte
Apesar do encolhimento do Makro, o setor atacadista segue forte no Brasil, mas com outro nome. Já faz alguns anos que o setor passou a ser chamado de atacarejo —expressão formada pela junção das palavras “atacado” e “varejo”. Nesse modelo, as compras podem ser feitas tanto em grandes quantidades (atacado) ou em volumes menores (varejo). Os preços para o atacado são mais baixos, mas, por causa do formato, os valores no varejo também são atraentes.

Modelo atual é diferente do adotado pelo Makro. Por muitos anos, as vendas só eram feitas no atacado e para pessoas jurídicas —ou seja, era preciso ter CNPJ e cadastro para comprar nas lojas da rede holandesa.

O Makro ficou para trás com o surgimento do atacarejo. Segundo Manoel Lins, sócio da Auddas, empresa de consultoria de gestão, a abertura para o consumidor final é um dos pontos mais importantes para explicar o sucesso dos mercados que vendem tanto no atacado quanto no varejo.

Tamanho do atacarejo
Em 2022, havia mais de 2.000 lojas desse perfil pelo país, segundo estudo da McKinsey. A fatia do atacarejo no varejo de alimentos foi de 40% no ano passado.

O Atacadão teve recorde de aberturas em 2022. A empresa, do grupo Carrefour, fechou o ano com 341 lojas. O faturamento bruto no ano passado foi de R$ 74,4 bilhões

Em novembro de 2022, o Assaí Atacadista tinha 250 lojas. Segundo o Ibevar, o Assaí teve faturamento bruto de R$ 45,6 bilhões em 2022.

Quem lidera?

Segundo a Abras (Associação Brasileira de Supermercados), essas são as 10 maiores empresas do setor, incluindo supermercados e atacarejo:

Carrefour
Assaí Atacadista
GPA
Grupo Mateus
Supermercados BH
Grupo Muffato
SDB Comércio de Alimentos
Cencosud Brasil
DMA Distribuidora
Companhia Zaffari

UOL – O melhor conteúdo
ECONOMIA

ASSINE
DÓLAR COM.
-0,224,915
PESO
-0,430,023
EURO
-0,75,405
BITCOIN
0,54151.665,56
BOVESPA
-0,17106.279,37
IPCA
0,84Fev.2023
SELIC
13,7522.Mar.2023
ECONOMIA
ECONOMIA
Makro vai sair do Brasil? Veja mudanças nos grandes mercados e quem lidera

Gabriela Bulhões

Colaboração para o UOL, de São Paulo

16/04/2023 04h00

No Brasil desde 1972, o grupo atacadista Makro está vendendo lojas e tem agora apenas oito unidades no país. Em 2020, eram 62. A empresa de origem holandesa já foi referência como atacadista, mas não resistiu às mudanças no setor.

O que está acontecendo?
No fim de janeiro, o grupo Makro vendeu 16 lojas e 11 postos de combustível para a rede paranaense Muffato. Três dos imóveis ficam na capital paulista, três na Grande São Paulo e os dez restantes, no interior.

O Makro pertence à holandesa SHV. A empresa atua em vários segmentos de negócios em todo o mundo, incluindo energia, distribuição, nutrição animal e serviços financeiros.

Segundo reportagem do InfoMoney, a atacadista se prepara para deixar o país. Procurada pelo UOL, a empresa não se pronunciou sobre isso.

Atacado continua forte
Apesar do encolhimento do Makro, o setor atacadista segue forte no Brasil, mas com outro nome. Já faz alguns anos que o setor passou a ser chamado de atacarejo —expressão formada pela junção das palavras “atacado” e “varejo”. Nesse modelo, as compras podem ser feitas tanto em grandes quantidades (atacado) ou em volumes menores (varejo). Os preços para o atacado são mais baixos, mas, por causa do formato, os valores no varejo também são atraentes.

Modelo atual é diferente do adotado pelo Makro. Por muitos anos, as vendas só eram feitas no atacado e para pessoas jurídicas —ou seja, era preciso ter CNPJ e cadastro para comprar nas lojas da rede holandesa.

O Makro ficou para trás com o surgimento do atacarejo. Segundo Manoel Lins, sócio da Auddas, empresa de consultoria de gestão, a abertura para o consumidor final é um dos pontos mais importantes para explicar o sucesso dos mercados que vendem tanto no atacado quanto no varejo.

Tamanho do atacarejo
Em 2022, havia mais de 2.000 lojas desse perfil pelo país, segundo estudo da McKinsey. A fatia do atacarejo no varejo de alimentos foi de 40% no ano passado.

O Atacadão teve recorde de aberturas em 2022. A empresa, do grupo Carrefour, fechou o ano com 341 lojas. O faturamento bruto no ano passado foi de R$ 74,4 bilhões

Em novembro de 2022, o Assaí Atacadista tinha 250 lojas. Segundo o Ibevar, o Assaí teve faturamento bruto de R$ 45,6 bilhões em 2022.

Quem lidera
Segundo a Abras (Associação Brasileira de Supermercados), essas são as 10 maiores empresas do setor, incluindo supermercados e atacarejo:

Carrefour
Assaí Atacadista
GPA
Grupo Mateus
Supermercados BH
Grupo Muffato
SDB Comércio de Alimentos
Cencosud Brasil
DMA Distribuidora
Companhia Zaffari

Consolidação e expansão

As empresas que atuam no segmento do atacarejo passaram por um processo de consolidação e expansão nos últimos anos. Por exemplo, a rede Assaí, uma das líderes do setor, comprou vários hipermercados Extra. As unidades do Extra foram convertidas em lojas Assaí.

O mesmo movimento foi registrado por outras empresas. A rede Muffato vai aproveitar as unidades que comprou do grupo Makro para expandir sua atuação para o estado de São Paulo.

Há um movimento de fusões e aquisições no setor, o que mostra uma tendência de crescimento. É um mercado que desfruta dos preços baixos para o consumidor, possibilitando compras mais econômicas em alto volume e que atende todos os públicos.

Dificuldades do setor

Nos últimos meses, surgiram preocupações de que o setor estaria em crise. Os questionamentos foram motivados pelo fechamento de algumas unidades da rede Assaí, que também estuda vender algumas unidades. Nesse caso, o problema tem mais a ver com a conjuntura econômica. As dificuldades são em função da inflação e das taxas de juros elevadas, que tiram o poder de compra dos consumidores.

Fonte: UOL