Análise: Vasco tem início avassalador, segura pressão do Galo e anima na volta à Série A

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Time surpreende o Atlético-MG no Mineirão, abre vantagem de dois gols com nove minutos e, apesar de abdicar do ataque em boa parte do jogo, é eficiente e bate um candidato ao título

O cartão de visitas no retorno à Série A foi impecável. O Vasco venceu o Atlético-MG por 2 a 1, no Mineirão, e conseguiu um resultado maiúsculo em sua volta à elite após duas temporadas. Derrubou fora de casa um dos candidatos ao título e deu sinais de que será um time competitivo, que pode bater de frente com clubes que hoje estão na primeira prateleira do futebol brasileiro.

Foi uma vitória com o brilho individual de alguns jogadores, como Gabriel Pec e Léo Jardim, mas também um triunfo coletivo. O Vasco teve atitude, foi agressivo no início, construiu o resultado em dez minutos e, por pelo menos três quartos do jogo, optou por se defender. Mas soube fazer bem o que se propôs a fazer. Sofreu, mas foi eficiente e conseguiu segurar a pressão do Atlético no restante do jogo. Uma estratégia arriscada, que deu certo no Mineirão.

É cedo para tirar conclusões, o Campeonato Brasileiro é uma maratona até dezembro, mas o início do Vasco é animador. Além dos três pontos, o time quebrou uma escrita de 28 anos sem vencer o Atlético-MG no Mineirão.

Vasco surpreende e encurrala o Galo

O início foi avassalador. O Vasco não se intimidou com o barulho das arquibancadas, encurralou o Atlético-MG em seu campo e construiu rapidamente uma boa vantagem. Com nove minutos o time já vencia por 2 a 0, tamanha a superioridade no Mineirão.
E se o Vasco começou voando o responsável foi Gabriel Pec. Aos 3 minutos, ele fez boa jogada pela direita e foi derrubado próximo à área. Ele próprio cobrou a falta e colocou na cabeça de Andrey: 1 a 0.
O Atlético ainda tentava assimilar o que estava acontecendo, quando o Vasco ampliou. Aos nove minutos, Gabriel Pec aproveitou chute cruzado de Lucas Piton e mandou para as redes.

Léo Jardim brilha, mas Galo diminui

O Galo não foi à lona, mas sentiu o golpe. O Vasco se fechou com a vantagem, mas continuou encontrando facilidade para criar e teve boas chances para ampliar. A melhor com Gabriel Pec, que obrigou Everson a fazer grande defesa. Andrey também perdeu uma chance clara na frente do goleiro. Lances que poderiam ter feito falta no final.
Aos poucos, no entanto, o Vasco recuou, e o Atlético passou a ter mais volume e criou chances. Muitas. Foi então que Léo Jardim assumiu o protagonismo. O goleiro fez ao menos cinco ótimas defesas e conseguiu segurar a pressão do Galo na parte final do primeiro tempo. Não foi possível, no entanto, evitar o gol de Lemos nos acréscimos. Lance que inflamou a torcida do Galo na saída para o intervalo.

Estratégia arriscada funciona

O segundo tempo começou do jeito que terminou o primeiro. Com o Vasco recuado, o Atlético pressionou em busca do empate, a ponto de chegar a ter quase 70% de posse de bola, em determinado momento do jogo.
O grande volume de jogo do Galo, no entanto, não se traduziu em oportunidades. O Atlético tinha a bola, mas não conseguia finalizar. Mérito do Vasco, muito bem postado e concentrado defensivamente. Léo levou a melhor sobre Hulk, Robson tirou inúmeras bolas, Rodrigo foi incansável e os laterais foram firmes na defesa. O sistema defensivo do Vasco funcionou no Mineirão. E quando foi preciso, Léo Jardim brilhou nos acréscimos com defesas em chute de Hulk e cabeçada de Lemos.

Por outro lado, o Vasco abdicou completamente do ataque na etapa final, a ponto de não ter finalizado sequer uma vez nos 45 minutos finais. Foi uma aposta, o time correu riscos, mas teve êxito e deixa Belo Horizonte com três pontos na bagagem e muita confiança na sua volta à Série A.

Fonte: GE