O Papa Francisco condenou publicamente as alegações “ofensivas e infundadas” sobre João Paulo II durante sua mensagem de Regina Caeli na Praça de São Pedro no último domingo. A declaração do Papa vem depois que o irmão de Emanuela Orlandi sugeriu recentemente que João Paulo II teria sido culpado de abuso e teria tido um papel no desaparecimento de sua irmã.
“Dirijo um pensamento grato à memória de São João Paulo II, que nestes dias é objeto de considerações ofensivas e infundadas”, disse o Papa Francisco da janela do Palácio Apostólico, atraindo aplausos da multidão reunida na Praça de São Pedro.
O caso Orlandi remonta a quase 40 anos atrás, quando a filha de um funcionário do Vaticano desapareceu no centro de Roma em 22 de junho de 1983. Recentemente, o Judiciário do Vaticano concordou em reabrir a investigação.
Na última terça-feira, o irmão de Emanuela Orlandi foi interrogado durante oito horas pelo promotor de justiça do Vaticano. À noite, Pietro Orlandi fez algumas declarações chocantes no programa de TV italiano “Di Martedì” no canal La7. Ele se referiu ao testemunho em áudio de um mafioso que mencionou as saídas noturnas de João Paulo II com dois ‘monsenhores’ poloneses; saídas durante as quais o Papa “certamente não foi para abençoar as casas”. Esta é uma forma de dizer que o próprio Papa poderia estar envolvido na exploração de menores.
O cardeal polonês Stanislaw Dziwisz, arcebispo emérito de Cracóvia e ex-secretário de João Paulo II, reagiu com força, denunciando “acusações desarticuladas, falsas do início ao fim, irrealistas, risíveis até o ponto de comédia se não fossem elas próprias trágicas, até mesmo criminosas”. #karolwojtyla #emanuelaorlandi #papafrancisco #vaticano
