Com obsessão pela bola, semana de Sampaoli no Flamengo tem treinos longos, vídeos e muitos gritos

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Indispensáveis para um time que se propõe a marca alto e executar bem a pressão pós-perda, os trabalhos físicos são feitos com bola; argentino não abre mão de montar time nos treinamentos.

Jorge Sampaoli não quer perder tempo no Flamengo. Contratado na semana do primeiro jogo como mandante na Libertadores e de duelo importante contra o Internacional, o argentino apostou em treinos mais longos, gritos para manter o elenco ligado e na identificação de uma protagonista: a bola. Tudo isso para acelerar a adaptação do elenco às suas ideias de jogo

No treino desta sexta, pregou: “O respeito pela bola é sempre”. Obcecado pela posse, o treinador também quer um time com saúde para exercer marcação alta e realizar a pressão pós-perda com eficácia. As atividades físicas, porém, são majoritariamente feitas com bola. Trabalho físico, no entendimento de Sampaoli, não é ficar correndo o tempo inteiro. É correr com a bola. Desenvolve as partes técnica e tática com intensidade. E, claro, com a bola no pé.

Apesar de também ter levado muito os atletas à academia pelo fato de o time ter disputado duas partidas num intervalo de três dias, Sampaoli jamais abdica da bola em seus treinamentos no campo. A exceção ocorre no aquecimento. E trabalho curto não é com ele. Tenta aproveitar o máximo de tempo possível no campo, às vezes superando o período de uma partida.

Os treinos do argentino são mais extensos do que os de Vítor Pereira, e outra característica que os difere é o fato de fazer questão de montar time em suas atividades. Não necessariamente usa sempre a equipe que vai disputar o próximo jogo, mas trabalhos que priorizam o entrosamento são inegociáveis para ele. VP, na reta final de seu trabalho, não indicava mais possíveis formações nos treinamentos

O comportamento exibido à beira do gramado na vitória por 2 a 0 sobre o Ñublense, na quarta-feira, repete-se nos treinos. Geralmente divide o elenco em três ou quatro grupos. A partir daí trata de se tornar “onipresente”. Seja em espanhol ou no português, “balón” ou “bola”, o principal instrumento de trabalho dos jogadores é citado e gritado a todo instante.

Fonte: Ge