Análise: Botafogo ainda não impressiona, mas é cirúrgico e vai bem no que importa.

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Time comandado por Luís Castro não tem lá atuação de impressionar contra o Bahia, mas sai de Salvador com vitória e segue série invicta

O Botafogo não teve uma atuação de encher os olhos contra o Bahia, na noite desta segunda-feira em jogo válido pela 2ª rodada do Brasileirão, mas venceu por 2 a 1 na Arena Fonte Nova. E isso fica em segundo plano diante do placar. No atual contexto vivido pelo time comandado por Luís Castro, o resultado era o mais importante.

É começo de Brasileirão e o time vem de um Campeonato Carioca de campanha ruim, com eliminação na Taça Guanabara. Resultados positivos são sempre importantes no cenário de pressão no futebol brasileiro, mas, diante do contexto irregular que o Botafogo viveu antes da competição nacional, os placares ganham peso extra.

Ganhou, mas não jogou tão bem. E daí? A fase de resultados do time segue positiva, com, agora, cinco vitórias consecutivas. Luís Castro igualou uma série de Enderson Moreira durante a disputa da Série B de 2021 com dez jogos sem perder

Mas nem tudo é terra arrasada no Botafogo. Na partida, o time aproveitou os espaços que o Bahia deu nas pontas. Foi assim que Júnior Santos marcou o primeiro gol da noite – com o campo livre para arrancar, ele correu e deu nove toques na bola sem nenhum marcador lhe alcançar antes de tabelar com Tiquinho Soares para balançar as redes.

A intenção do Alvinegro em “alargar” o campo era justa, já que os dois alas do Bahia – Vítor Jacaré e Jhoanner Chávez – apareciam com frequência ao ataque. O problema foi que Tiquinho e Eduardo, os responsáveis por auxiliar o jogo no meio e dar o suporte no passe, ficaram encaixotados na marcação e não contribuíram tanto.

O camisa 9, na única vez que conseguiu confundir a defesa tricolor no segundo tempo, deixou Gabriel Xavier para trás e achou Tchê Tchê, que acertou belo chute de fora da área.

O camisa 6, que, além do gol, entrou bem no jogo por ajudar o Botafogo a ter mais presença física no meio-campo – característica ressaltada também por Marlon Freitas. Diante da tentativa do Bahia em sempre buscar as pontas, a vitalidade da dupla na cobertura de espaços foi essencial para o Alvinegro não sofrer na tentativa de pressão do adversário nos minutos finais diante do 2 a 1.

O fator negativo fica, novamente, pelas laterais. No primeiro tempo, a equipe passou sufoco para segurar as bolas longas do Bahia nos flancos – setor que o gol tricolor nasceu, inclusive.

Ainda há – muito – para ser corrigido, mas os resultados estão aparecendo e o Botafogo mostra fatores positivos dentro de campo. O clube vai, aos poucos, buscando conforto e estabilidade para seguir em 2023.

Fonte: Ge