Clube mineiro tem incremento nos débitos, gerando preocupação na torcida e direção
O Atlético-MG está cada vez mais com endividado e pode ser o maior da América do Sul. O clube mineiro está perto dos R$ 2 bilhões em débitos e os compromissos com os credores aumentaram em 2022. Além das dívidas trabalhistas, fiscais, com bancos e credores, a construção da Arena MRV também onerou muito os cofres do Galo.
O montante preocupa, pois em maio de 2022, o Atlético tinha débitos na casa de R$ 1,3 bilhão, segundo o próprio clube no evento que destrinchou o balanço financeiro do ano anterior, o “Galo Business Day”.
A Arena MRV, orçada inicialmente em pouco mais de R$ 500 milhões, teve um acréscimo de valor que gerou a necessidade do clube e seus parceiros de colocarem mais de R$ 400 milhões para concluir a obra, inaugurada este ano, mas que só receberá jogos a partir de agosto.
O CEO Bruno Muzzi e o diretor financeiro Paulo Braz, vão falar ainda nesta quarta-feira com mais detalhes sobre o endividamento, mas dificilmente terão novidades extras, já que os dados e a situação periclitante das finanças alvinegras é de conhecimento do torcedor, que está tenso com a situação.
Esse cenário financeiro pode atrapalhar a criação da SAF do Galo e atrair algum investidor que assuma futebol do clube e ainda pague a dívida e ainda invista para manter o elenco forte.
O modelo de negócios que está pensado neste momento é o investidor comprar 51% das ações da SAF e os 4 R´s, mecenas atleticanos, converteriam suas dívidas em capital, ficando com 15%, enquanto os 34% restantes permaneceriam com a associação atleticana. Em um movimento pouco falado, a SAF pode ser oferecida a investidores nacionais.
Entenda o perfil da dívida do Galo
-38% – onerosa: provenientes especialmente de dívidas bancárias e obrigações trabalhistas e sociais;
-36% – não onerosa: oriundas do empréstimos dos apoiadores e investimento em atletas;
-21% – profut/parcelamento de impostos: programas de refinanciamento de dívidas fiscais;
-5% – receitas antecipadas: Referem-se, principalmente, à antecipação de receitas de patrocínios a partir das renegociação da dívidas com a Família Guimarães.
Negócio ruim do shopping
A venda do DiamondMall, em Belo Horizonte, não ocorreu como o previsto e impactou diretamente no aumento de vários débitos. O Galo acertou com a Multiplan a venda de 49,9% restantes que o clube tinha direito por R$ 340 milhões. Esse dinheiro seria para quitar as dívidas que tem juros mais altos.
Entretanto, a Multiplan desistiu do negócio em cima da hora e depois fez nova proposta, de R$ 170 milhões por 24,95% do shopping. Sem esse dinheiro entrando rapidamente no caixa, não houve tempo hábil para evitar que alguns débitos crescessem e onerasse ainda mais o endividamento de curto prazo.
Fonte: Isto é