Assembleia Geral da CNBB aprovou nesta quarta-feira o Regulamento por ampla maioria.
No dia 8 de dezembro de 2022, depois de um trabalho iniciado em junho de 2020 de forma virtual, foi promulgado o Estatuto da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Um processo que buscou elaborar um documento que “reflita o rosto da Igreja no Brasil e favoreça uma atualização de entendimento da estrutura e do funcionamento para os dias de hoje, contemplando os critérios da sinodalidade e da missão e os eixos de formação integral, comunicação e diálogo estratégico com a sociedade”.
Depois de ser promulgado o termo que firma os princípios gerais da instituição, foi elaborado o regimento para ocupar-se dos detalhes mais operacionais, dado que o regimento é a aplicação do Estatuto. O trabalho foi coordenado, como já tinha acontecido com o Estatuto, por Dom Moacir Silva, arcebispo de Ribeirão Preto e presidente da Comissão de Elaboração do Estatuto, que diz que após promulgado, a Conferência tem um ano para elaborar o novo regimento.
Essa premissa obrigava os bispos a aprovar o novo regimento durante a 60ª Assembleia Geral da CNBB. O regimento é fruto de um caminho percorrido, segundo dom Moacir Silva, que iniciou com a escuta dos “diversos setores da sede da Conferência, onde tudo acontece”. O Regimento segue “o mesmo esquema do Estatuto Canônico, o mesmo número de capítulos, com as seções, com o mesmo esquema, porque o Regimento é a aplicação do Estatuto”, insistiu o bispo de Ribeirão Preto. Os bispos, depois de analisar o texto votaram item por item, os 330 artigos.
O plenário da 60ª Assembleia Geral da CNBB, depois de avaliar as emendas apresentadas aprovou o Regimento com ampla maioria, sendo assinado pelo presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, e publicado com data de 26 de abril como documento oficial da CNBB.
Novos presidentes de Comissões
Nesta quarta-feira (26), 8° dia de Assembleia Geral da CNBB, o episcopado brasileiro continuou o processo de votação para eleger os presidentes das Comissões Episcopais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Os bispos reelegeram, para o quadriênio 2023-2027, o bispo de Brejo (MA), dom José Valdeci Santos Mendes, para a presidência da Comissão Episcopal para a Ação Sociotranformadora da entidade.
Já dom Joel Portella Amado foi eleito para presidir a Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para o quadriênio 2023-2027.
Foi eleito ainda nesta quarta-feira, o novo presidente da Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Trata-se do bispo auxiliar da arquidiocese de São Paulo (SP), dom Ângelo Ademir Mezzari.
O episcopado também elegeu o bispo de Campo Mourão (PR), dom Bruno Elizeu Versari, para presidir a Comissão Episcopal para a Vida e a Família até 2027. Membro da Comissão e referencial no Regional Sul 2 durante o quadriênio de 2019 a 2023, dom Bruno foi eleito na tarde desta quarta-feira, 26 de abril.
Dom Giovane Pereira de Melo foi reeleito no primeiro escrutínio para presidir a Comissão Episcopal para o Laicato da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) no quadriênio 2023-2027.
Os dois primeiros presidentes foram eleitos nesta terça-feira, 7º dia de Assembleia. Dom Maurício da Silva Jardim assume a presidência da Comissão Episcopal para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial e Dom Leomar Antônio Brustolin assume a presidência da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética.
Terço Solene e Santa Missa
Assim como nos demais dias de Assembleia, os bispos participam na tarde desta quarta-feira das celebrações eucarísticas no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, iniciando com o terço às 18h30 e a Missa às 19h. Nesta quarta, a missa com vésperas foi em memória dos bispos falecidos e foi presidida pelo arcebispo de Fortaleza (CE), dom José Antônio Tosi Marques.
No final da segunda sessão da 60ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) desta quarta-feira, 26 de abril, o episcopado brasileiro recebeu representantes de diferentes Igrejas para uma celebração Inter-religiosa
A celebração inter-religiosa, que é uma tradição realizada durante as Assembleias gerais da CNBB, foi presidida pelo bispo emérito de Cornélio Procópio (PR), dom Manoel João Francisco, presidente da Comissão Episcopal para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso da CNBB.
Para dom Manoel, esses momentos são muito importantes e significativos, pois criam afeição e proporcionam conhecimento. “Refletem a comunhão entre as várias religiões e de toda a humanidade. Todas as religiões são expressão de Deus e todas buscam fazer o bem e espalhar o bem. Podemos e devemos nos reunir e trabalhar pela paz, pela humanização, para criar um mundo que se possa viver em plenitude”.
Religiões e a cultura da paz
Durante a celebração, o sheikh Mohamad Al Bukai, também falou sobre a importância da parceria de longa data entre as religiões para combater todo o tipo de violência. “Nosso Deus e vosso Deus é único e somente a Ele nos submetemos. O trabalho de tentar unir nossas comunidades para combater qualquer violência e injustiça é constante. Hoje, antes.
A celebração contou ainda com a participação de representantes de diversas religiões, unidos em oração e comunhão: representante Mulçumano, da Família Abraâmica, Átila Kus; representante da Igreja Evangélica Presbiteriana Independente, pastor Alberi Neumann; representante da Igreja Presbiteriana Unida e vice-presidente do Conselho Nacional das Igrejas Cristas (Conic), presbítera Anita Wright Torres; representante Mulçumano, sheikh Mohamad Al Bukai; representante Judeu, Raul Meyer; representante da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, bispo Cezar Fernandes Alves; representante da Igreja Presbiteriana, pastora Eleni Rodrigues Mendes.
Ao final da celebração, os representantes das religiões e os participantes da assembleia rezaram, juntos, a oração de bênçãos, colocando a mão no ombro da pessoa ao seu lado.
Fonte: Vatican News