Análise: Botafogo volta a sofrer com segundo tempo ruim em Curitiba

Esportes

Com desfalques e em meio a sequência de jogos, time de Luís Castro tem problemas com falta de intensidade no meio-campo e perde novamente para o Athletico-PR

O Botafogo não vai querer voltar a passar tão cedo pela Arena da Baixada ou encontrar o Athletico-PR. No terceiro duelo em 17 dias, a equipe carioca perdeu por 1 a 0, gol de Alex Santana, em jogo válido pela nona rodada do Campeonato Brasileiro.

Se o roteiro do terceiro encontro foi bem diferente dos anteriores, uma coisa foi semelhante à outra partida que os dois times fizeram em Curitiba no dia 17: o Glorioso voltou do intervalo mal e viu o Athletico-PR melhorar, apesar de, dessa vez, não ter sofrido gols no segundo tempo.

O jogo deste sábado pelo Brasileirão foi, sem dúvida, o mais equilibrado dos três duelos recentes entre os times. Os primeiros 10 minutos foram de bastante alternância, com as duas equipes chegando e desperdiçando boas chances de gol: os atleticanos em chute de Canobbio e os botafoguenses em tentativa de Lucas Fernandes.

Porém, a intensidade do jogo não durou muito mais. Sem Eduardo, o Botafogo apostou em Fernandes pelo meio, mas o camisa 18, que tem características bem diferentes do companheiro, não esteve em uma tarde muito inspirada.

O meio-campo foi justamente o setor que mais sofreu na partida. O desempenho abaixo da média do meia, e também de Tchê Tchê, fez com que o time não fosse tão perigoso nas transições ofensivas como o habitual.

No fim do primeiro tempo, o diferencial entre os times foi apenas de aproveitamento. Tiquinho Soares e Alex Santana tiveram, cada um, uma boa oportunidade de finalizar de fora da área. O botafoguense parou em Bento, enquanto o atleticano estufou a rede com uma pedrada no ângulo.

Se o equilíbrio e a eficiência determinaram a vantagem no intervalo, na etapa final o Athletico-PR foi melhor durante praticamente todo o tempo. Vendo o time pouco produzir, Luís Castro tentou uma alteração de esquema, passando ao 4-4-2, com a entrada de Janderson no lugar de Lucas Fernandes para formar dupla de ataque com Tiquinho.

Apesar de não ter a mesma qualidade de passe e visão de jogo que Eduardo, o centroavante reserva traz presença pra encostar mais no camisa 9, como faz o meia, e chegada na área, além de conseguir jogar melhor de costas que Lucas. A mudança, porém, não teve grande efeito prático em termos de oportunidade.

Enquanto o Athletico desperdiçou ao menos três ótimas oportunidades de ampliar, parando em boas defesas de Lucas Perri, a melhor chance alvinegra foi uma cabeçada de Tiquinho Soares por cima do gol de Bento.

No fim, é possível ver o copo meio vazio ou o copo meio cheio do terceiro encontro com o Rubro-Negro Paranaense em três semanas. A equipe jogou pior do que na última quarta-feira, mas jogou melhor do que no primeiro encontro entre os times na Arena da Baixada, no dia 17, apesar de o resultado na prática ter sido o mesmo e de não ter marcado gols desta vez, depois de oito partidas sempre colocando uma bola na rede.

Naturalmente, a equipe de Luís Castro sente a sequência de partidas e viagens, além dos desfalques, especialmente de um jogador do quilate de Eduardo. A derrota para um Athletico muito forte em seus domínios não é algo que abale a confiança de uma equipe que sabe o que faz em campo.

A seca de vitórias contra o Athletico-PR em Curitiba segue e, provavelmente, vai se estender por mais um ano. Curitiba certamente é um lugar que o torcedor botafoguense vai preferir evitar uma visita sempre que possível.

Fonte: Ge