Esquema do MEC entregou malas para deputado e ex-diretor da Saúde, diz site

Brasil

A Polícia Federal monitorou as movimentações de um homem com várias malas pelo Distrito Federal, em investigação de desvios de recursos do MEC (Ministério da Educação). Segundo o site Metrópoles, o possível colaborador do esquema fez entregas para um deputado federal e um ex-diretor do Ministério da Saúde nomeado por Pazuello.

O que aconteceu
O homem, identificado pelo site como Pedro Salomão, entregou malas para Laurício Monteiro Cruz, ex-diretor de Imunização do Ministério da Saúde, nomeado pelo general Eduardo Pazuello; e para o deputado federal Gilvan Máximo (Republicanos-DF), segundo informações da polícia.

A PF fez um vídeo de Pedro com Laurício, no estacionamento de uma churrascaria próxima à Esplanada dos Ministérios, no qual o primeiro entrega uma bolsa para o ex-diretor. O encontro teria ocorrido em 27 de dezembro.

Os investigadores observaram uma movimentação parecida um mês antes, com o deputado Gilvan. Pedro foi visto em uma agência bancária com a esposa, Juliana, e depois seguiu para uma churrascaria, dessa vez no bairro luxuoso do Lago Sul.

Informações da PF apontam que Pedro cumprimentou o deputado ao chegar no restaurante e se sentou na mesa de frente para ele. Gilvan teria sinalizado na direção de um carro no estacionamento, onde o suposto colaborador do esquema foi deixar uma mala vermelha no porta-malas.

O deputado disse ao Metrópoles que recebeu o pagamento de Pedro por ter vendido “dois relógios Rolex” de acervo pessoal. Indicaram para ele que eu estava vendendo dois relógios. E recebi o dinheiro dele. Não sabia que ele mexia com kit de robótica”. Entre 2019 e 2022, licitações de kits robótica foram feitas para 43 municípios em Alagoas com dinheiro do FNDE, ligado ao MEC.

“Não tenho ideia por que ele decidiu fazer os pagamentos em dinheiro. Na época dos fatos, também não tinha nenhuma razão para desconfiar da idoneidade do comprador. Espero que ele prove a sua inocência ao final da investigação aberta contra ele”, completou.

O UOL tenta contato com o ex-diretor da Saúde e deixa o espaço aberto para manifestações.

Fonte : UOL