Na meditação que precedeu a oração mariana, o Papa recordou a passagem do Evangelho deste Domingo do Tempo Comum, na qual o evangelista Mateus descreve o mandato de Jesus aos discípulos “Proclamai: ‘O Reino dos Céus está próximo’”.
No início de sua pregação, Jesus proclama que o senhorio do amor de Deus “vem entre nós”. E isso, comentou o Pontífice, “não é uma notícia entre as outras, mas a realidade fundamental da vida”. De fato, “se o Deus do céu está próximo, não estamos sozinhos na terra e, mesmo nas dificuldades, não perdemos a confiança”:
“Deus não está distante, mas é Pai, Ele o conhece e o ama; quer segurar a sua mão, mesmo quando você passa por caminhos íngremes e irregulares, mesmo quando você cai e tem dificuldade para se levantar e retomar o caminho.”
E muitas vezes, continuou Francisco, ” nos momentos em que você está mais fraco, pode sentir mais forte a sua presença. Ele conhece o caminho, Ele está com você, Ele é seu Pai!”.
É por isso que a proximidade de Deus é o primeiro anúncio: estando perto de Deus, superamos o medo, nos abrimos para o amor, crescemos no bem e sentimos a necessidade e a alegria de anunciar.
Mas como fazer isso? No Evangelho, Jesus recomenda não dizer muitas palavras, mas fazer muitos gestos de amor e esperança em nome do Senhor. Esse é o coração do anúncio: testemunho gratuito, serviço.
O Papa manifestou então sua “perplexidade” com os “tagarelas”, que muito falam e pouco fazem.
Francisco então convidou a nos perguntar: “Nós, que acreditamos no Deus próximo, confiamos Nele? Sabemos olhar para frente com confiança, como uma criança que sabe que está sendo carregada pelo pai? Sabemos como nos sentar no colo do Pai com a oração, com a escuta da Palavra, aproximando-nos dos Sacramentos?”
Enfim, perto Dele, “sabemos incutir coragem nos outros, nos aproximar de quem sofre e está só, de quem está distante e até de quem nos é hostil? Esta é a concretude da fé. É isto que conta”.
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