O Papa comentou o Evangelho deste XII Domingo do Tempo Comum, em que Jesus exorta os discípulos a não terem medo, mesmo diante das perseguições:
“Também hoje, de fato, alguém pode ser ridicularizado ou discriminado se não seguir certos modelos da moda que, no entanto, muitas vezes colocam realidades de segunda categoria no centro: por exemplo, seguir as coisas em vez das pessoas, o desempenho em vez das relações.”
O Papa, então, deu exemplos: dos pais que precisam se dividir em trabalhar para o sustendo da família e o tempo para ficar com os filhos; dos sacerdotes e religiosas que devem estar comprometidos com o serviço, mas dedicando tempo a Jesus; e dos jovens, com “mil compromissos e paixões: a escola, o esporte, interesses diversos, os celulares e as redes sociais, mas precisam encontrar as pessoas e organizar grandes sonhos”.
Tudo isso implica “alguma renúncia diante dos ídolos da eficiência e do consumismo”, disse Francisco, mas de suma importância para não se perder nas coisas que depois acabam sendo “jogadas fora, como se fazia naquela época em Geena”:
“E na Geena de hoje, ao contrário, muitas vezes são as pessoas que acabam ali: pensemos nos últimos, muitas vezes tratados como material de descarte e objetos indesejados. Permanecer fiel ao que conta, custa; custa ir contra a maré, custa se libertar do condicionamento do pensamento comum, custa ser deixado de lado por quem ‘segue a onda’. Mas não importa. Jesus diz: o que importa é não jogar fora o bem maior, ou seja, a vida. Não jogar fora a vida. Só isso deve nos assustar.”
Ao finalizar a alocução, o Papa convidou os peregrinos a se questionarem: “Do que tenho medo? De não ter o que eu gosto? De não atingir as metas que a sociedade impõe? Do julgamento dos outros? Ou de não agradar ao Senhor e de não colocar em primeiro lugar o seu Evangelho? Maria, sempre Virgem, Mãe Sábia, ajude-nos a sermos sábios e corajosos nas escolhas que fizermos”.
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