Crise na Band: Faustão foi um exemplo do que não se pode fazer na TV

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O Grupo Bandeirantes continuou as demissões em massa na última semana e o NaTelinha apurou que elas devem seguir até o fim do mês. Enfrentando dificuldades para equilibrar seu caixa após o fracasso de investimentos destinados ao projeto Faustão na Band, o canal tenta se reerguer com cortes, mas descarta vender o horário nobre para o retorno de cultos evangélicos.

Conforme a coluna antecipou, nos bastidores o clima é desolação e choro. O Brasil Urgente, que foi uma dos mais atingidos pelos cortes, vem enfrentando dificuldades de colocar o programa no ar com a mesma qualidade de antes. Internamente, isso tem gerado tensões.

Todos esses problemas acontecem após sucessivos erros na formatação orçamentária do Faustão na Band. Atração que tinha uma equipe ganhando salários acima do mercado, uma produção sem limites de gastos e um projeto ilusório de lucratividade sem a menor garantia que o mercado publicitário iria cobrir. Tudo feito na base da Alice no País das Maravilhas. Na TV de hoje, setor artístico e comercial precisam conversar. Porém, como já dissemos, Faustão não é o único culpado pela crise na Band.

Por outro lado, o canal vem buscando caminhos para enfrentar essa crise financeira. Tenta negociar um parceiro para assumir o Canal 21, pode entregar os mega estúdios alugados na Vera Cruz, faz cortes de custo nas produções dos programas e aposta numa nova atração de entretenimento diário à noite para tentar amenizar a situação. Por enquanto, a volta dos telecultos do missionário R. R. Soares no horário nobre foi descartada pela emissora.

Se nada mudar, o Faustão na Band fica no ar até o dia 28 de julho e no dia 31, uma segunda-feira, estreia a nova atração, que ainda não tem nome definido. Otaviano Costa e Glenda Kozlowski seguem favoritos para assumirem o projeto, mas oficialmente o canal não confirma seus nomes.

O desafio da Band será fazer uma atração mais enxuta e que tenha o interesse da audiência. Procurada pelo NaTelinha, a emissora não se posicionou sobre as demissões.