Jogando “no sacrifício”, Ganso não brilha pelo Fluminense há um mês

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Auxiliar de Diniz revelou que o meia vem sofrendo com uma lesão no pé esquerdo; problema é o mesmo que tirou o camisa 10 do jogo contra o Goiás antes da Data Fifa

No empate em 1 a 1 com o Sporting Cristal, do Peru, na semana passada no Maracanã, Ganso foi alvo de críticas por parte da torcida e da imprensa por causa do seu baixo rendimento. Mas na verdade o meia não brilha com a camisa tricolor há um mês, desde a vitória por 2 a 1 sobre o Bragantino no dia 4 de junho, quando inclusive fez um dos gols

Mas o que está acontecendo com o camisa 10, que de titular absoluto sequer saiu do banco de reservas no Morumbi no último sábado, na derrota por 1 a 0 para o São Paulo? Eduardo Barros, auxiliar técnico de Fernando Diniz, revelou na entrevista coletiva após a partida que o meia vem sofrendo com uma lesão no pé:

  • O jogo não pedia o Ganso, sobretudo, nas condições clínicas que ele se encontra. Ele vem arrastando uma lesão no pé, que já o tirou de outro jogo, e achamos prudente preservá-lo para a sequência de jogos decisivos que teremos ao longo da temporada – declarou Barros.

Mas se ele está lesionado, por que não ficou no Rio de Janeiro se tratando, como fizeram André e David Braz? A resposta é que isso não impede Ganso de jogar, mas ele vem atuando “no sacrifício”. Internamente, o problema é tratado como um incômodo no pé esquerdo, o mesmo que o tirou do jogo contra o Goiás antes da Data Fifa no mês passado. Na época, o clube soltou o seguinte comunicado:

INFORMAÇÃO: O jogador Paulo Henrique Ganso se apresentou, na sexta-feira após o jogo (nota da redação: contra o River Plate na Argentina), com dores no pé esquerdo. O atleta passou por exame de imagem que detectou edema no local. Com quadro de dor, não reunia condições de enfrentar o Goiás.

Ganso inclusive passou boa parte do período sem jogos da Data Fifa fazendo tratamento. O ge apurou que o meia treina normalmente com o elenco no dia a dia no CT Carlos Castilho, mas após os treinamentos volta a tratar no departamento médico. A dor que o camisa 10 sente no local varia, por vezes é mais fraca a ponto de jogar, mas quando está forte o prejudica, como estava no Morumbi

Após ficar fora no 2 a 2 com o Goiás na Serrinha, Ganso jogou o jogo inteiro no 1 a 1 com o Atlético-MG no Raulino de Oliveira; atuou só os 12 minutos finais no 2 a 1 sobre o Bahia no Maracanã; ficou em campo por 77 minutos no 1 a 1 com o Sporting Cristal, também no Maracanã; e não saiu do banco de reservas na derrota por 1 a 0 para o São Paulo no Morumbi.

“Gansodependência”?
Coincidência ou não, Ganso não se destacou desde então. O camisa 10 vinha sendo um dos principais jogadores do time desde o ano passado, e na atual temporada tem quatro gols e seis assistências. E sem o brilho do camisa 10, o time também viu o rendimento despencar.

Das três últimas vitórias do Fluminense, Ganso brilhou em duas: no 2 a 0 contra o Cuiabá, fez um gol, deu a assistência para o outro e ganhou 8,0 nas notas do ge (veja no vídeo acima); já no 2 a 1 sobre o Bragantino, marcou um belo gol de primeira após bela arrancada e recebeu nota 7,0.

Só na vitória por 2 a 1 sobre o Bahia que Ganso não foi decisivo porque entrou nos minutos finais após ser poupado pela comissão técnica, que priorizava o jogo contra o Sporting Cristal. Mas o meia, na ocasião, já estava com o problema no pé esquerdo.

Ainda sem saber se poderá contar com Ganso, o Fluminense volta a campo no próximo domingo, quando recebe o Internacional às 16h (de Brasília) no Maracanã, pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Tricolor é o sexto colocado com 21 pontos.

Fonte: Ge