De André a Marcelo, tricolores marcaram seus nomes no clássico nos últimos anos
Já houve o Fla-Flu do Assis, o da barriga do Renato, do Alexandre, do hat-trick do Ézio, do Thiago Neves dançando créu… No atual elenco, seis tricolores podem dizer que têm “um Fla-Flu para chamar de meu”. Dos mais badalados aos coadjuvantes decisivos, os jogadores do Fluminense encaram o Flamengo pela sexta vez na temporada na expectativa de colocar o nome deles na história.
Listamos abaixo, em ordem cronológica, os seis heróis e seus clássicos nos últimos anos que os torcedores irão se lembrar. Dois deles marcaram época já nesta temporada.
No dia 4 de julho de 2021, em jogo da nona rodada do Campeonato Brasileiro (e sem público por causa da pandemia da Covid-19), o clássico foi disputado pela primeira vez na Neo Química Arena porque o Maracanã estava sendo preparado para a final da Copa América. O Fluminense fez um péssimo primeiro tempo, mas segurou o 0 a 0 no placar. Na etapa final, o time dirigido por Roger Machado melhorou após as substituições. Uma delas foi a entrada de André aos 41 do segundo tempo. Dois minutos depois, ele se arriscou no ataque e marcou o gol da vitória que fez o Tricolor virar sétimo colocado e ultrapassar o rival naquela altura da competição.
No dia 23 de outubro de 2021, no returno do Brasileirão, o clássico voltou para o Maracanã. O Flamengo era o vice-líder do campeonato e tentava encurtar a distância para o Atlético-MG, mas o Fluminense não deixou. Num clássico quente, o Tricolor contou com o brilho de John Kennedy, que fazia sua estreia como titular no profissional aos 19 anos. Com dois gols do garoto, que já era carrasco do rival na base, o time dirigido por Marcão venceu por 3 a 1 e se aproximou do G-6.
No Carioca do ano passado, no dia 6 de fevereiro, o clássico aconteceu no Estádio Nilton Santos porque o Maracanã estava passando por uma troca do gramado. E na partida, válida pela quarta rodada da Taça Guanabara e marcada por confusões, expulsões, intervenções do VAR e milagres do goleiro Marcos Felipe, Arias virou o herói improvável. O colombiano naquela época ainda não tinha se firmado, era reserva no time de Abel Braga e entrou aos 24 minutos do segundo tempo. Aos 43, fez o gol de cabeça que deu a vitória e a vice-liderança ao Fluminense.
Apesar da derrota no Fla-Flu do Arias, o Flamengo chegou como favorito à final do Carioca do ano passado. Mas foi a vez de Cano brilhar. No dia 30 de março, o artilheiro argentino fez os dois gols da vitória por 2 a 0 no Maracanã, pelo jogo de ida da decisão, e mudou o favoritismo de lado. A boa vantagem deixou o Fluminense de Abel Braga tranquilo para a partida de volta, que terminou empatada em 1 a 1 e confirmou o título tricolor.
Este ano, foi a vez de surgir um novo herói improvável depois de Alexandre e Júlio César em 1993; Rogerinho em 1995; Nildo em 1997; e Yago Felipe e Igor Julião em 2021. No dia 8 de março, em jogo no Maracanã que valia o título da Taça Guanabara, o Fluminense de Fernando Diniz saiu atrás, mas virou o placar com brilho de Gabriel Pirani, que havia entrado no intervalo. E o garoto da Vila Belmiro mudou a partida: participou do primeiro gol e fez o segundo aos 39 minutos, garantindo o troféu.
O último Fla-Flu que teve um “dono tricolor” foi o da final do Carioca desse ano: Marcelo. E dessa vez foi um pouco diferente. O craque ex-Real Madrid não fez o “gol do título”, mas fez o primeiro (um golaço, diga-se de passagem) que deu moral e abriu a porteira para aquele mágico 4 a 1 no dia 9 de abril no Maracanã, depois de ter perdido por 2 a 0 o primeiro jogo da decisão. Com toda a sua experiência, o recém-chegado lateral-esquerdo chamou a responsabilidade e botou o clássico no bolso para o Fluminense de Diniz faturar o bicampeonato estadual depois de 39 anos.
Fonte: Ge