Parceira volta a funcionar em jogada “manjada” e dá vantagem para a partida de volta em Assunção. Time tem muita posse de bola, mas sofre com linhas baixas e não acha espaços para criar chances claras
Salvo pela fusão. Esta é a melhor definição para a vitória do Flamengo sobre o Olimpia, no Maracanã, pelas oitavas de final da Libertadores. Em um jogo amarrado pelo ferrolho paraguaio, um passe de Gabigol para gol de Bruno Henrique decidiu a parada a favor dos rubro-negros.
A jogada está longe de ser novidade. Já aconteceu várias vezes. Mas parece infalível: o camisa 10 recebe pela direita, puxa para a perna boa e cruza de canhota no segundo pau para BH atacar o espaço como centroavante e testar firme.
O Flamengo permitiu que o primeiro tempo fosse ditado pelo Olimpia. Com disputas firmes, muito bate-bate e oito faltas cometidas, os paraguaios conseguiram conter o ímpeto rubro-negro e diminuíram o ritmo da partida. Um verdadeiro teste de paciência.
As linhas baixas da defesa visitante obrigavam o Flamengo a girar a bola de um lado para o outro em busca de espaços, mas invariavelmente a solução era jogar bola na área. Ayrton Lucas e Wesley até se apresentaram para o jogo, só que a opção quase sempre foi recuar para trabalhar e não ir para o fundo.
O Flamengo recorreu a 13 cruzamentos na área e apenas dois foram certos. Incansável, Gerson se apresentou na esquerda e na direita para buscar soluções. A melhor chance rubro-negra na etapa inicial, por sinal, saiu em arremate do Coringa de fora da área
A impotência do Flamengo fez com que o Olimpia arriscasse alguns contra-ataques, ao ponto do lance mais perigoso sair após cobrança de escanteio que Gonzalez acertou o travessão. A torcida paraguaia foi para o intervalo cantando mais.
O jogo ficou ainda mais restrito ao campo de ataque do Flamengo no segundo tempo e os 74% de posse de bola evidenciam o volume ofensivo. A redução de espaços, por sua vez, foi favorável ao Olimpia mesmo com o gol cedo dos cariocas.
Fonte: Ge