DEPOIMENTO DE VIÚVA DE HOMEM MORTO EM INCÊNDIO É ADIADO. TESTEMUNHA RELATA BRIGA DO CASAL ANTES DA TRAGÉDIA

Brasil

O depoimento da viúva do fisiculturista morto em um incêndio dentro de casa no Anil, zona oeste do Rio, que deveria ocorrer nesta quinta-feira (3), foi desmarcado no Rio de Janeiro. Segundo informações de agentes da 32ª DP (Taquara), Larissa Melo informou que não poderia ser ouvida hoje por estar fora da cidade. A nova data do procedimento ainda não foi divulgada. Até o início desta tarde, somente a síndica do prédio onde a família mora havia prestado depoimento sobre o caso.

Em seguida, chegou um vizinho que afirmou ter ajudado a resgatar a filha do casal, de 6 anos, que continua internada no hospital com cerca de 30% do corpo queimado.

O incêndio aconteceu na madrugada de sábado (28). Informações iniciais apontavam para que Hugo Sérgio de Andrade teria morrido ao ficar preso entre as chamas após salvar a filha e a cachorrinha da família.

A esposa contou ter acordado com o fogo, visto o marido vir atrás dela e descido para pedir socorro. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que a mulher saiu correndo pelo corredor do prédio, desesperada, antes de a fumaça densa se espalhar pelo local.

No entanto, um morador afirmou ter escutado uma briga no apartamento pouco antes do incêndio. A viúva de Hugo negou a informação.

O vizinho é a mesma testemunha que disse ter ajudado a retirar a criança do apartamento. Ele afirmou ter encontrado a menina na cozinha por causa dos gritos dela. Segundo o morador, não foi possível ouvir em nenhum momento a voz de Hugo. Ele foi encontrado no quarto já sem vida.

“O incêndio foi muito rápido. No curto-circuito não acontece isso. Os móveis queimavam ao mesmo tempo”, disse.

Enquanto Larrisa Mello Viana Silveira afirma que o marido é um herói, que retirou a filha do casal e a cadela da família do imóvel, vizinhos sustentam que a criança e o próprio personal trainer Hugo Sérgio foram resgatados do apartamento por outros moradores. Já o animal foi salvo pelos bombeiros.

Outro morador do prédio afirmou que Hugo e a criança estavam em cômodos diferentes: ele, no quarto, e a menina, na cozinha. Segundo a testemunha, o fisiculturista foi visto na varanda, andando desesperado, de um lado para o outro.