Cebolinha e Pedro perderam espaço, enquanto Luiz Araújo e Allan têm recebido chances; Vidal, Marinho e Matheus Gonçalves deixaram clube após oportunidades escassearem
Jorge Sampaoli chama atenção por não ter repetido nenhuma das 32 escalações que mandou a campo desde a chegada ao Flamengo, mas o mesmo não acontece quando o assunto é variar jogadores.
Dos 29 atletas utilizados, 16 têm mais de 1000 minutos (confira a lista em tabela abaixo). O top-5 é formado por Fabrício Bruno, Wesley, Gerson, Matheus Cunha e Ayrton Lucas. Dos 10 menos utilizados, Matheuzinho enfrentou lesão grave um mês antes de o argentino assumir o cargo, e Luiz Araújo começou a engrenar recentemente
Reforços ganham oportunidades
Contratado por 9 milhões de euros (R$ 48 milhões no câmbio da época) em maio, Luiz Araújo, que só pôde atuar a partir de julho, soma 10 jogos pelo Flamengo. São apenas 322 minutos até então, mas as oportunidades e as boas atuações tornaram-se constantes em agosto.
Fez bons jogos contra Olimpia, São Paulo e Grêmio. No Paraguai, deu mais dinâmica ao time. Diante dos paulistas, mudou a cara do jogo com verticalidade, dribles e velocidade. Na última quarta-feira, substituiu Gabigol e foi um desafogo num momento em que os gaúchos se lançavam ao ataque.
Allan tem também 10 jogos, porém soma mais minutos (578). O volante chegou para ser titular absoluto, mas ainda não conquistou tal status. Iniciou quatro partidas. Apesar do panorama de momento, a tendência é que se junte aos mais utilizados nos próximos meses por conta de sua combatividade e da boa saída de bola.
Quem perdeu espaço recentemente
Dentro desses 16, Everton Cebolinha é quem vem perdendo mais espaço. Nos últimos três jogos, ficou no banco, mas não entrou. Foi titular contra o Cuiabá, derrota na qual Sampaoli usou um time majoritariamente reserva, e nos três jogos anteriores ao vexame no Mato Grosso teve poucos minutos contra Grêmio, Atlético-MG e Olimpia.
Artilheiro do time na temporada com 27 gols, Pedro começou a perder a titularidade em junho, quando Bruno Henrique voltou a fazer gols e a jogar bem. Depois disso, o centroavante nunca mais teve sequência.
Para piorar, as oportunidades escassearam ainda mais após o episódio com o preparador físico Pablo Fernández, que deixou o clube após dar um soco no rosto de Pedro em partida contra o Atlético-MG (2×1), no vestiário. Antes do episódio, porém, o camisa 9 vinha de um jogo inteiro no banco contra o Athletico-PR (2×0) e participações nas retas finais dos duelos com América-MG (1×1) e Grêmio (2×0).
No pós-agressão, Pedro foi suspenso do jogo de ida com o Olimpia por ter faltado a um treinamento. Na sequência, jogou os 90 minutos com o time reserva com o Cuiabá e entrou nos segundos tempos dos duelos com São Paulo (1×1) e Grêmio (1×0).
O goleiro Santos, titular no início do trabalho, perdeu a vaga para Matheus Cunha em maio
Saídas
Três jogadores que passaram a ter raríssimas chances foram informados de que poderiam procurar clube no segundo semestre. Curiosamente dois deles tiveram papel importante em outros trabalhos de Jorge Sampaoli. São os casos de Vidal, expoente da seleção chilena, e Marinho, destaque do Santos de 2009.
O gringo foi para o Athletico-PR e, incomodado com o tratamento recebido no fim da passagem pelo Flamengo, chamou Sampaoli de “perdedor” em uma de suas primeiras entrevistas no novo clube. Marinho acelerou o fim de sua trajetória na Gávea ao se recusar a viajar para o jogo com o Ñublense no Chile, mas se desculpou com o argentino em postagem feita após deixar o Rubro-Negro.
Joia da base, Matheus Gonçalves, que vinha tendo chances com Vítor Pereira e quase não jogou com Sampaoli, também procurou novos ares. O Bragantino o contratou por empréstimo, e o garoto tem começado a se soltar. No início da semana, fez boa partida contra o Vasco.
Chances raras
Os zagueiros Rodrigo Caio e Pablo têm sido pouco utilizados. Com Rodrigo, figura importantíssima da atual geração, a decisão é tomada com base nas muitas lesões sofridas recentemente. Já em relação a Pablo tem mais a ver com a questão técnica.
O Flamengo volta a campo no próximo domingo, às 16h (de Brasília), contra o Coritiba, no Couto Pereira. O time de Jorge Sampaoli soma 32 pontos em 19 partidas.
Fonte: Ge