Atacante, que marcou primeiro gol pelo Vasco, deixou o Brasil aos 20 anos e passou por países com pouca expressão no futebol; foco sempre foi voltar ao país natal para jogar o Brasileirão
Araxá e Democrata de Sete Lagoas. Foram esses os únicos clubes que Serginho defendeu no Brasil antes de ir para a Europa, aos 20 anos, em 2015. Depois de jogar as divisões inferiores do Campeonato Mineiro, o atacante do Vasco rodou por Kosovo, Albânia, Macedônia do Norte e Turquia. Alcançou destaque no Giresunspor, seu último clube, mas chegou ao ápice da carreira neste domingo.
De volta ao país natal, realizando o sonho de jogar o Campeonato Brasileiro, Serginho marcou seu primeiro gol pelo Vasco. Não um gol qualquer. Garantiu a vitória por 1 a 0 sobre o Atlético-MG, time do coração de seu pai, em um Maracanã com mais de 50 mil pessoas nas arquibancadas.
- A única palavra que consegue descrever é “incrível” – resumiu o jogador.
- Foi muito emocionante jogar no Maracanã. Você escuta falar, mas quando você vê é muito diferente. Estou muito feliz – completou ele.
Em conversa com a imprensa após a partida, o brilho no olho de Serginho era visível. O que mais fez foi exaltar a festa da torcida, que não parou de cantar no Maracanã. Depois de quatro jogos sem público em casa, por punição do STJD, o Vasco voltou a ter torcedores na arquibancada.
- Temos que valorizar a diretoria, os advogados que conseguiram trazer esse jogo para o Maracanã, porque torcida do Vasco é tudo. Jogar em São Januário sem torcida é muito difícil. A torcida foi impressionante, o grupo agora está muito mais motivado. A gente sente todo mundo vibrando em cada bola que a gente ganha. Parecemos outros jogadores com a torcida apoiando – disse Serginho.
Pela grandeza o Vasco tem que lutar para ser campeão. Veja o que a torcida fez hoje, é o time do povo. A gente tem que trabalhar muito, sair dessa zona, andar pouco a pouco para conseguir chegar na Sul-Americana, na Libertadores… – acrescentou o camisa 70.
Natural de Belo Horizonte, Serginho tem fala mansa e, como bom mineiro, alcançou, sem alarde, sua primeira chance como titular sob o comando de Ramón Díaz. O atacante havia jogado alguns minutos com o treinador contra o Athletico-PR e, neste domingo, foi o escolhido para substituir o suspenso Orellano. Precisou de 4 minutos em campo para encontrar as redes.
Fazia muito tempo que eu não jogava, quase dois meses. Aqui eu só tinha uma partida contra o Cruzeiro como titular. Eu vinha de férias, e o ritmo de jogo é diferente, um pouco difícil. Treinei como treino todos os dias, e o Ramón me deu essa oportunidade – afirmou o atleta, que concluiu:
- O trabalho uma hora compensa. Estamos trabalhando muito, todo mundo se doa todo dia, treinamos quase duas horas por dia, e o trabalho é compensado. Foi muita dificuldade, a gente correu, lutou, a gente treina muito todos os dias e, mais importante que fazer gol, é ganhar os três pontos.
Fonte: Ge
