Papa Francisco fala sobre a imigração em sua audiência

Internacional

Papa encontra respostas concretas ao desafio da migração na Audiência Geral de ontem, através da misericórdia e do trabalho solidário realizado, primeiro, pelas Missionárias da Caridade da “Casa Allegria” em Primavalle, um dos bairros mais pobres de Roma. Elas acolhem jovens mães na comunidade, como 5 delas provenientes de Gana, Nigéria, Congo e Ucrânia que foram até a Sala Paulo VI com os seus bebês – incluindo 4 gêmeos – e receberam o carinho e o afeto do Papa Francisco.

O Pontífice também encontrou voluntários de uma associação beneficente de uma região muito pobre da Calábria, no sul da Itália. A delegação estava toda vestida com coletes amarelos, com uma frase da própria Santa Teresa de Calcutá impressa neles:

“Não é tanto o que damos, mas quanto amor colocamos em dar.”

A Associação “Il Cenacolo”, localizada na planície de Gioia Tauro, na Calábria, oferece assistência a pobres e necessitados da região. Há mais de 20 anos, o “cenáculo” se tornou ponto de referência para centenas de trabalhadores rurais e migrantes irregulares, vítimas de trabalho forçado: são mais de 2 mil africanos, além dos próprios italianos. E para esse serviço, não faltaram intimidações do crime organizado, tanto que, nos últimos anos, vários ônibus da associação foram queimados.

Atualmente, “Il Cenacolo” fornece refeição para 600 famílias, graças a muitas paróquias que, além de alimentos, também doam cobertores e roupas. Em 2020, em plena pandemia, inclusive o Papa Francisco, através da Esmolaria Apostólica, enviou a sua ajuda para o centro social.