Análise: 100% reserva, Fluminense vai de franco-atirador a “time frustrado” por empate no fim

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De olho na partida decisiva da Conmebol Libertadores, Flu tem ótima atuação, faz jogo animador antes do grande objetivo, mas deixa vitória escapar com gol no fim após ter conseguido a virada

Foi um domingo de múltiplos sentimentos para o torcedor do Fluminense, como bem resumiu o técnico Fernando Diniz após o empate em 2 a 2 com o Athletico-PR, na Ligga Arena, em Curitiba, pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro.

O mesmo tricolor que iniciou o dia sem grandes expectativas ao saber que o time entraria em campo somente com reservas por conta do foco na Conmebol Libertadores, foi o mesmo que viu o Flu ser dominante e ter uma grande atuação na casa do adversário. Mas que também presenciou uma vitória escapando pelos dedos após uma coleção de chances perdidas e o gol de empate ter saído nos minutos finais.

É um misto de um trabalho bem feito, os jogadores se esforçaram muito, entenderam o que o jogo pedia, mas de frustração no final… Frustração pelo que a equipe produziu. Merecíamos a vitória”

Sem nenhum titular e com uma formação que nunca tinha atuado junto, o Fluminense foi para o jogo com um 3-4-3 no papel. Ao contrário do que muitos esperavam, mesmo sem as principais peças, a equipe foi quem tomou a iniciativa da partida.

O primeiro lance de perigo do confronto aconteceu com menos de um minuto, com Lelê apertando Léo Linck e por pouco não abrindo o placar. A chance perdida foi um prenúncio do que se transformaria o jogo: o Flu no campo ofensivo, ameaçando, mas parando no goleiro do Furacão ou na defesa adversária.

Apesar do bom início tricolor, quem abriu o placar foi o Athletico. Após falta perto da área, a defesa do Flu se atrapalhou na bola aérea, e Cacá marcou para o Furacão na primeira investida do clube.

Só que a festa dos donos da casa durou pouco. Vinicius Kauê acertou o rosto de Leo Fernández com o braço e foi expulso após o VAR entrar em ação. Com um a mais em campo, Fernando Diniz desfez o esquema com três defensores e colocou Alexsander no lugar de Thiago Santos aos 27 minutos.

O Fluminense cresceu ainda mais, criou oportunidades e passou a empurrar o Athletico para trás principalmente pela grande atuação de Leo Fernández. Mas foi para o vestiário sem o empate.

O jovem atacante fez o cruzamento para a área que originou o 1 a 1 em chute de Guga e marcou o gol da virada de cabeça, após lançamento para a área de Martinelli.

Contudo, o que o seria uma virada contagiante, se tornou frustrante, nas palavras do próprio técnico Diniz, quando Vitor Roque empatou de cabeça nos acréscimos após nova falha defensiva em um cruzamento para a área.

Misto de sentimentos. Um trabalho bem feito, mas frustração. Em um dos poucos vacilos, fomos penalizados com o empate”
— Fernando Diniz, técnico do Fluminense
Mas se fica o “dissabor” pelo placar, também não há do que reclamar diante de uma atuação que “valeu o ingresso”. Um time que entrou para ser franco-atirador acabou entregando uma partida contagiante, muito além do esperado, mesmo com os olhos voltados para o verdadeiro objetivo: manter vivo o sonho de conquistar a América.

Na próxima quinta-feira, o Fluminense vai ao Paraguai, onde enfrenta o Olimpia, às 21h30, no Defensores del Chaco, pelo jogo de volta das quartas de final da Conmebol Libertadores. Na primeira partida, no Maracanã, o Flu venceu por 2 a 0 e pode até perder por um gol de diferença que avança para enfrentar o ganhador de Inter e Bolívar

Fonte: Ge