Treinador reclamou da pressão sobre o trabalho após a derrota para o Flamengo e colocou o cargo à disposição da diretoria
O Botafogo perdeu para o Flamengo por 2 a 1, gols de Marlon Freitas (contra) e Bruno Henrique para o Rubro-Negro, e Victor Sá para o Glorioso, mas o que gerou um rebuliço no clube desde a partida, no último sábado, foi a entrevista coletiva do treinador Bruno Lage, que colocou o cargo à disposição da diretoria por conta da pressão sofrida
Desde a chegada do português, no último dia 12 de julho, foram 12 partidas sob o comando de Lage, sem derrotas nas primeiras 10 delas. Ao todo, com o técnico, foram quatro vitórias, seis empates e duas derrotas, nas duas últimas partidas, um aproveitamento de 50% dos pontos no período.
Nesse período, em algumas oportunidades Bruno não teve todas as peças à disposição para escalar o time ideal. Entre suspensões e lesões, o português perdeu Cuesta, Adryelson, Marçal, Tiquinho e Eduardo em ao menos um jogo. No caso do artilheiro, foram seis partidas de fora com um estiramento no ligamento colateral medial do joelho esquerdo.
A vantagem na ponta do Brasileirão pouco mudou em relação aos antecessores. Quando Luís Castro saiu, após a partida contra o Palmeiras, o Alvinegro tinha sete pontos de frente. No fim da “Era Caçapa”, três rodadas depois, a vantagem era de 12. Agora são 10 sobre o Palmeiras, segundo colocado.
Média de gols sofridos
Uma diferença clara no time desde a chegada de Bruno Lage, em comparação com os antecessores Luís Castro e Cláudio Caçapa, interino por quatro partidas entre o trabalho dos dois técnicos efetivos, foi o aumento da média de gols sofridos.
Quando Bruno Lage estreou no time no Campeonato Brasileiro, o Botafogo tinha a melhor defesa com sets gols sofridos em 15 partidas, uma média de 0,46. Desde então, o gol de Lucas Perri foi vazado seis vezes em sete partidas com o português, 0,85 por jogo.
Menos pontas e mais meias
Bruno Lage vem, desde que assumiu, buscando construir uma identidade de um time mais propositivo com a bola e com características diferentes do que tinha com Luís Castro e com Caçapa, buscando a opção de um meia jogando pelo corredor.
A primeira opção foi Gustavo Sauer, titular contra o Coritiba e Internacional, e depois Segovinha, que começou contra Bahia e Flamengo. Na Sul-Americana, com uma escalação mais modificada, testou Tchê Tchê no setor, sem muito sucesso.
Titular na maior parte das partidas com Castro e Caçapa na ponta direita, Júnior Santos começou a “Era Lage” também iniciando os jogos, mas desde o confronto contra o Guaraní, no dia 9 de agosto, perdeu espaço, jogou um total de 49 minutos em seis jogos.
Fonte: Ge