Análise: Marcelo e Leo Fernández brilham em vitória que dá moral para Libertadores

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Uruguaio faz golaço, lateral-esquerdo atua de meia, e Fluminense faz o dever de casa contra Cruzeiro antes de jogar a semifinal

No último jogo antes de enfrentar o Internacional, pelo jogo de ida da Conmebol Libertadores, o Fluminense cumpriu com aquilo que se esperava: bateu o Cruzeiro por 1 a 0, nesta quarta-feira, no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro. Porém, o placar magro não representa o que foi a partida. Dominante e tendo boa atuação, a vitória veio graças ao golaço de Léo Fernandez e ao ajuste após peças fundamentais entrarem no segundo tempo, como Marcelo.

O scout da partida mostra que o Fluminense mereceu a vitória por ter sido superior em praticamente todos os 90 minutos. Nas finalizações, levou a melhor por 11 a 7; contando apenas as que foram no gol, 9 a 5; também teve melhores números em escanteios (7 a 3) e posse de bola (58% a 42%). Isso só para citar algumas das principais estatísticas. Mas também por causa das entradas de Leo Fernández e Marcelo.

Os números citados não significam que foi um jogo fácil para o Fluminense. Na verdade, o Cruzeiro foi um adversário extremamente digno e chegou a assustar em alguns momentos — Fábio precisou fazer duas grandes defesas. Mas a dupla trouxe o “destrave” para conseguir a vitória. Não faltou volume para a equipe do técnico Fernando Diniz, mas a dupla trouxe a qualidade necessária para bola parar dentro das redes.

Sem Jhon Arias e Paulo Henrique Ganso Ganso, o Fluminense teve problemas na execução das jogadas — não na criação. As oportunidades foram construídas, mas faltava capricho para transformá-las em gols. Cano acertou o travessão, Alexsander, que fez a sua melhor partida desde que retornou das duas graves lesões que sofreu, quase marcou um golaço. O volante apareceu bem no ataque, se movimentou bastante, flutuou da direita para a esquerda quase todo o tempo.

Isso até o Cruzeiro entender o jogo, ajeitar a sua marcação e aproveitar dos cartões amarelos precoces recebidos por Nino e Felipe Melo para equilibrar as ações. Aproveitando as linhas altas do Fluminense e na impossibilidade de fazer faltas, a Raposa passou a levar perigo usando a velocidade de Wesley e Mateus Vital.

Ao recuar André para a zaga — sacando Felipe Melo e colocando Martinelli —, o problema não foi resolvido. Zé Ricardo percebeu isso e trouxe mais velocidade. Tirou um mais lento Gilberto e colocou um veloz Bruno Rodrigues. No primeiro ataque do Cruzeiro no segundo tempo, Mateus Vital saiu de cara para o gol e André salvou de maneira espetacular em cima da linha. Depois, outra chance clara, mas a finalização foi travada.

Então, veio a mudança decisiva. Aos 18 minutos do segundo, Fernando Diniz chamou Leo Fernández e Marcelo ao mesmo tempo. Três minutos depois, numa cobrança de falta espetacular, o uruguaio colocou o Fluminense à frente no placar. Então, o recital ficou por conta do lateral-esquerdo, que atuou como meio-campista.

Na verdade, o lateral-esquerdo fez uma função muito parecida com a que Ganso, desfalque nesta quarta-feira, exerce. Entre chapéus, trivelas e lindos dribles, também trouxe a velocidade e precisão que o setor necessitava. Caso o camisa 10 não esteja apto para enfrentar o Internacional, pode ser ele a fazer dupla com Jhon Arias na criação

Análise: Marcelo e Leo Fernández brilham em vitória que dá moral para Libertadores
Uruguaio faz golaço, lateral-esquerdo atua de meia, e Fluminense faz o dever de casa contra Cruzeiro antes de jogar a semifinal

No último jogo antes de enfrentar o Internacional, pelo jogo de ida da Conmebol Libertadores, o Fluminense cumpriu com aquilo que se esperava: bateu o Cruzeiro por 1 a 0, nesta quarta-feira, no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro. Porém, o placar magro não representa o que foi a partida. Dominante e tendo boa atuação, a vitória veio graças ao golaço de Léo Fernandez e ao ajuste após peças fundamentais entrarem no segundo tempo, como Marcelo.

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O scout da partida mostra que o Fluminense mereceu a vitória por ter sido superior em praticamente todos os 90 minutos. Nas finalizações, levou a melhor por 11 a 7; contando apenas as que foram no gol, 9 a 5; também teve melhores números em escanteios (7 a 3) e posse de bola (58% a 42%). Isso só para citar algumas das principais estatísticas. Mas também por causa das entradas de Leo Fernández e Marcelo.

Os números citados não significam que foi um jogo fácil para o Fluminense. Na verdade, o Cruzeiro foi um adversário extremamente digno e chegou a assustar em alguns momentos — Fábio precisou fazer duas grandes defesas. Mas a dupla trouxe o “destrave” para conseguir a vitória. Não faltou volume para a equipe do técnico Fernando Diniz, mas a dupla trouxe a qualidade necessária para bola parar dentro das redes.

Sem Jhon Arias e Paulo Henrique Ganso Ganso, o Fluminense teve problemas na execução das jogadas — não na criação. As oportunidades foram construídas, mas faltava capricho para transformá-las em gols. Cano acertou o travessão, Alexsander, que fez a sua melhor partida desde que retornou das duas graves lesões que sofreu, quase marcou um golaço. O volante apareceu bem no ataque, se movimentou bastante, flutuou da direita para a esquerda quase todo o tempo.

Fluminense x Cruzeiro:
Isso até o Cruzeiro entender o jogo, ajeitar a sua marcação e aproveitar dos cartões amarelos precoces recebidos por Nino e Felipe Melo para equilibrar as ações. Aproveitando as linhas altas do Fluminense e na impossibilidade de fazer faltas, a Raposa passou a levar perigo usando a velocidade de Wesley e Mateus Vital.

Ao recuar André para a zaga — sacando Felipe Melo e colocando Martinelli —, o problema não foi resolvido. Zé Ricardo percebeu isso e trouxe mais velocidade. Tirou um mais lento Gilberto e colocou um veloz Bruno Rodrigues. No primeiro ataque do Cruzeiro no segundo tempo, Mateus Vital saiu de cara para o gol e André salvou de maneira espetacular em cima da linha. Depois, outra chance clara, mas a finalização foi travada.

Então, veio a mudança decisiva. Aos 18 minutos do segundo, Fernando Diniz chamou Leo Fernández e Marcelo ao mesmo tempo. Três minutos depois, numa cobrança de falta espetacular, o uruguaio colocou o Fluminense à frente no placar. Então, o recital ficou por conta do lateral-esquerdo, que atuou como meio-campista.

Na verdade, o lateral-esquerdo fez uma função muito parecida com a que Ganso, desfalque nesta quarta-feira, exerce. Entre chapéus, trivelas e lindos dribles, também trouxe a velocidade e precisão que o setor necessitava. Caso o camisa 10 não esteja apto para enfrentar o Internacional, pode ser ele a fazer dupla com Jhon Arias na criação.

— É uma opção porque foi opção hoje. Mas, naturalmente, não é a posição dele de origem. Mas ele pode, em algum momento, migrar para essa posição, eventualmente sair jogando em uma partida ou durante o jogo a gente usar ele nessa posição. Marcelo é um jogador absurdamente acima da média no ponto de vista técnico. Extremamente talentoso. Um dos maiores jogadores que vimos nos últimos 15 anos no futebol mundial. Ele está se encontrando cada vez mais no Fluminense, está feliz, sempre ajuda os garotos e é sempre um prazer ver o Marcelo jogar. Espero que ele consiga ter vida longa no futebol — afirmou o técnico Fernando Diniz.

A partir dali, tudo passou pelo pé de Marcelo e o placar só não foi ampliado por falta de capricho dos companheiros. Samuel Xavier viu seu chute tirar tinta da trave, Cano quase ampliou, o próprio Leo Fernández poderia ter feito o seu segundo na partida. Mas nada que atrapalhasse uma atuação convincente.

No apito final, a torcida do Fluminense lembrou da Conmebol Libertadores. Certo é que Fernando Diniz vai dormir com a certeza que ganhou duas novas opções para a armação no elenco. Se não tiver Arias e Ganso à disposição, as soluções podem ser Marcelo e Leo Fernández.

Fonte: Ge