Benin. 35 pessoas morrem no incêndio de um depósito clandestino de combustível

Internacional

São pelo menos 35 as vítimas (entre as quais duas crianças) da explosão de um depósito clandestino de combustíveis de contrabando, ocorrida em 23 de setembro em Sèmè-Kraké, uma localidade na fronteira entre o Benin e a Nigéria.

O incêndio destruiu o depósito não muito longe da igreja católica local. O acidente espalhou-se nas proximidades, destruindo vários veículos estacionados. Os bombeiros levaram 10 horas para extinguir as chamas.
O contrabando de combustível da vizinha Nigéria alimenta uma economia informal que o governo do Benin pretende pôr fim. Durante décadas, os subsídios oferecidos pelo governo nigeriano têm mantido os preços dos combustíveis artificialmente baixos. O combustível comprado a um preço subsidiado na Nigéria é depois transportado ilegalmente por estrada para os Países vizinhos, especialmente o Benim, para ser revendido no mercado negro por uma multidão de vendedores informais.

O fim dos subsídios decretado pelo novo Presidente da Nigéria, Bola Ahmed Tinubu, levou a um aumento imediato, na Nigéria, dos preços na bomba, e consequentemente a um aumento dos combustíveis vendidos no mercado negro no Benin e noutros Estados vizinhos.

A explosão do depósito de Sèmè-Kraké também lembrou a todos que o contrabando de combustível (chamado “kpayo”) é uma atividade perigosa para além de ser ilegal.

Há vários meses que o governo do Benin iniciou um programa de qualificação das pessoas empregadas no comércio ilegal de combustíveis.

Em vários casos, os pontos de venda ilegais são transformados em distribuidores regulares que cumprem as normas de segurança.

No Benin, foram identificados 54.000 pontos de venda “kpayo” e o governo, através do seu programa, pretende transformar aqueles que estão envolvidos no contrabando de combustível em actores económicos regulares – com a agência Fides.