Análise: Tiquinho evita derrota e Bruno Lage se complica ao não fazer o óbvio no Botafogo

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Como um super-herói, camisa 9 sai do banco para corrigir erro do treinador e deixar Alvinegro em situação de “dos males, o menor” contra o Goiás

Nos filmes, geralmente um super-herói aparece do nada, quando a população está em apuros, para salvar o dia. Sai aclamado pelo público. No Botafogo, o herói contra o Goiás não tinha capa, e sim a camisa 9 nas costas: Tiquinho Soares. O problema, porém, é que o “vilão” da trama estava do mesmo lado: Bruno Lage, que afastou o protagonista da cena do ocorrido, o Estádio Nilton Santos, durante todo o primeiro tempo.

O português, em decisão deveras impopular, barrou o artilheiro do Brasileirão. No Nilton Santos, a torcida protestou contra a escalação desde o anúncio do time no telão, antes mesmo de a bola rolar. O campo comprovaria que as reclamações seriam corretas: o Alvinegro sentiu a falta do camisa 9.

O primeiro tempo do Botafogo contra o Goiás foi ruim. Diego Costa, o substituto de Tiquinho, teve uma chance clara de marcar ainda com 10 minutos, mas chutou em cima de Tadeu uma oportunidade quase na marca do pênalti.

E foi só. De resto, o Botafogo teve dificuldade de se encontrar em campo nos primeiros 45 minutos. De lateral-direito, Tchê Tchê demorou para se encontrar com Júnior Santos e os dois “batiam cabeça”, indo para os mesmos espaços. No meio-campo, Gabriel Pires e Marlon Freitas seguravam muito a bola no campo de defesa e acabavam sobrecarregando Eduardo, isolado mais à frente – não havia um meio-termo para carregar a bola.

E o Botafogo melhorou significativamente com a entrada de Tiquinho, que passou a atuar ao lado de Diego Costa, tendo Victor Sá e Luís Henrique como parceiros nas pontas. A bola, que custava a chegar no ataque, passou a aparecer com mais frequência no campo ofensivo. O Alvinegro “amassou” o Goiás, que também teve mérito ao conseguir se segurar diante das investidas da equipe de Bruno Lage.

Análise: Tiquinho evita derrota e Bruno Lage se complica ao não fazer o óbvio no Botafogo
Como um super-herói, camisa 9 sai do banco para corrigir erro do treinador e deixar Alvinegro em situação de “dos males, o menor” contra o Goiás
Por Sergio Santana — Rio de Janeiro

Nos filmes, geralmente um super-herói aparece do nada, quando a população está em apuros, para salvar o dia. Sai aclamado pelo público. No Botafogo, o herói contra o Goiás não tinha capa, e sim a camisa 9 nas costas: Tiquinho Soares. O problema, porém, é que o “vilão” da trama estava do mesmo lado: Bruno Lage, que afastou o protagonista da cena do ocorrido, o Estádio Nilton Santos, durante todo o primeiro tempo.

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O português, em decisão deveras impopular, barrou o artilheiro do Brasileirão. No Nilton Santos, a torcida protestou contra a escalação desde o anúncio do time no telão, antes mesmo de a bola rolar. O campo comprovaria que as reclamações seriam corretas: o Alvinegro sentiu a falta do camisa 9.

O primeiro tempo do Botafogo contra o Goiás foi ruim. Diego Costa, o substituto de Tiquinho, teve uma chance clara de marcar ainda com 10 minutos, mas chutou em cima de Tadeu uma oportunidade quase na marca do pênalti.

E foi só. De resto, o Botafogo teve dificuldade de se encontrar em campo nos primeiros 45 minutos. De lateral-direito, Tchê Tchê demorou para se encontrar com Júnior Santos e os dois “batiam cabeça”, indo para os mesmos espaços. No meio-campo, Gabriel Pires e Marlon Freitas seguravam muito a bola no campo de defesa e acabavam sobrecarregando Eduardo, isolado mais à frente – não havia um meio-termo para carregar a bola.

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A equipe saiu atrás e o Goiás baixou linhas e dificultou ainda mais o Alvinegro a infiltrar a defesa. Com um meio-campo engessado, a única forma de tentar quebrar o sistema era por lançamentos longos – que também não deram certo.

O cenário era adverso. O time saiu para o intervalo ouvindo vaias e reclamações. Coube ao super-herói aparecer. Bruno Lage recorreu a Tiquinho Soares e teve a resposta em sete minutos. O camisa 9 tirou uma finalização de fora da área da cartola e empatou a partida.

Torcida do Botafogo pede a entrada de Tiquinho Soares ainda no primeiro tempo

E o Botafogo melhorou significativamente com a entrada de Tiquinho, que passou a atuar ao lado de Diego Costa, tendo Victor Sá e Luís Henrique como parceiros nas pontas. A bola, que custava a chegar no ataque, passou a aparecer com mais frequência no campo ofensivo. O Alvinegro “amassou” o Goiás, que também teve mérito ao conseguir se segurar diante das investidas da equipe de Bruno Lage.

Nesse cenário, é impossível não se questionar: “E se Tiquinho tivesse iniciado a partida?”. Perguntas pairam no ar, mas há uma certeza: Bruno Lage errou ao barrar Tiquinho Soares.

O atacante é uma referência dentro e fora de campo. Horas antes da partida, a torcida organizou uma campanha nas redes sociais chamada #TiquinhoDay, colocando fotos do camisa 9 nas respectivas contas no ‘X’. Nas quatro linhas, o paraibano provou o porquê é necessário à equipe com sete minutos em campo.

É normal – e faz parte – que um treinador tome decisões impopulares no cargo e promova mudanças que ache necessárias. Mas um super-herói não sai da cena principal no clímax do filme. E Bruno Lage viu de perto esta lição após o empate contra o Goiás.

Fonte: Ge