Análise: se competir como fez contra o Flamengo, Vasco ficará mais perto da permanência

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Time de Ramón Díaz é superior ao de Tite em boa parte do jogo e deixa de pontuar por perder oportunidades claras de gol: “Foi difícil para nós, mas para eles também”

Ainda não foi desta vez que o Vasco conseguiu sobreviver fora da zona de rebaixamento. Com a derrota por 1 a 0 para o Flamengo, neste domingo, o time voltou para o grupo dos últimos colocados do Campeonato Brasileiro. Mas, apesar do resultado ruim, mostrou em campo o porquê de o técnico Ramón Díaz confiar tanto na recuperação.

O Vasco jogou bem no Maracanã. Melhor do que o Flamengo de Tite em boa parte do tempo. No entanto, o elenco curto voltou a assombrar o time de Ramón Díaz desde os primeiros minutos do clássico. Com Marlon Gomes e Rossi machucados, o treinador fez mudanças táticas na equipe em função de Dimitri Payet.

Ao manter o francês como titular, o comandante testou Paulinho mais aberto pela direita, como ele já havia atuado algumas vezes na Arábia Saudita. Estratégia para perseguir os laterais do Flamengo. Ao longo do jogo, à medida que o adversário crescia, Payet e Paulinho trocavam de lugar, para este último ajudar também na marcação de Arrascaeta. A troca era constante.

Os primeiros 30 minutos foram de superioridade do Vasco no Maracanã. O time de Ramón empurrou o Flamengo para seu campo de defesa e ensaiou o gol com Praxedes, Gabriel Pec, Paulo Henrique e Vegetti. Duas das principais chances saíram dos pés de Payet, com passes na medida para os atacantes.

O jogo era tão desconfortável para o Flamengo que o mandante só chegou ao gol de Léo Jardim aos 21 minutos, em cobrança de falta de Arrascaeta. Aos 28, eram seis chutes do Vasco contra apenas um da equipe rubro-negra.

A partir dali, o Flamengo passou a mandar no jogo. Com capacidade técnica e física superiores, o time de Tite aproveitou a queda de intensidade do Vasco, que foi valente e resistiu. Zé Gabriel ficou na cola de Arrascaeta, e Paulo Henrique anulou Bruno Henrique. Na melhor chance do rival, após escanteio, Léo Jardim operou dois milagres em finalizações seguidas de Fabrício Bruno.

O primeiro tempo terminou equilibrado, com sete chutes para cada lado.

Quem não faz…

  • Precisamos melhorar da metade do campo para a frente, porque tivemos muitas chances e não conseguimos concluir – analisou o técnico Ramón Díaz após o jogo.

Como resumiu o treinador, o segundo tempo fez valer a máxima do futebol: quem não faz, leva. O Vasco voltou intenso, pressionando o Flamengo em blocos médio e alto. Equilibrou a posse e brigou pela bola o tempo todo, tanto que saiu de campo com 20 desarmes, contra 13 do Rubro-Negro.

Fonte: Ge