Análise: de ponto em ponto, Vasco respira e alimenta confiança na briga para não cair

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Time incomoda o Athletico fora de casa, chega a seis jogos de invencibilidade e segura resultado que garante mais uma rodada fora da zona de rebaixamento. Faltam três

Óbvio que o melhor cenário de todos para o Vasco neste sábado seria a vitória sobre o Athletico, resultado que lançaria a equipe para a 13ª colocação e colocaria momentaneamente três adversários entre ela e a zona de rebaixamento do Brasileirão. Mas o empate sem gols na Ligga Arena, em jogo válido pela 35ª rodada, não pode ser considerado ruim.

Com o resultado, o Vasco não corre o risco de voltar para o Z-4 nesta rodada (o time chegou aos 42 pontos, na 14º posição, mas ainda pode ser ultrapassado pelo Santos neste domingo). Agora só faltam três.

Depois da partida, o técnico argentino disse mais uma vez que o Vasco vai lutar até o fim, numa espécie de milésimo lembrete de que a fuga do rebaixamento não se dará de uma hora para a outra.

Para todas as equipes que estão brigando ali embaixo, vai ser difícil, mas nós temos a mentalidade de que vamos lutar, como foi nos últimos seis resultados. Vamos brigar até o final – afirmou.

Ramón Díaz completou neste sábado um turno inteiro no comando do Vasco com um aproveitamento que, fosse assim desde o início do campeonato, seria o suficiente para deixar a equipe na primeira metade da tabela, brigando por uma vaga na Libertadores. Agora são seis rodadas de invencibilidade no Brasileirão: venceu Cuiabá, Botafogo e América Mineiro e empatou com Goiás, Cruzeiro e Athletico.

Se não dá para ficar com os três pontos, o Vasco ao menos tem somado um. Dessa maneira, de ponto em ponto, o time respira e alimenta a esperança de seguir na elite do futebol brasileiro.

Neste sábado, Ramón mexeu na estrutura da equipe e lançou uma formação com três zagueiros, sacando Praxedes do meio de campo para colocar Léo na defesa. Marlon Gomes foi o escolhido para a vaga do suspenso Rossi. O empate, de uma forma ou outra, passou pela consistência defensiva apresentada pela equipe: o Vasco é o primeiro clube nesta edição do Brasileirão que não sofre gol do Athletico atuando em Curitiba.

O próprio Ramón Díaz reconheceu na coletiva que o time demorou a se habituar ao gramado sintético da Ligga Arena. Esse foi provavelmente o fator que contribuiu para o gol perdido por Vegetti logo no início do jogo, após com cruzamento de Gabriel Pec – este o melhor jogador do Vasco na partida.

Na primeira etapa, os visitantes chegaram a equilibrar as ações e superaram o Athletico em posse de bola. Vegetti teve outras duas chances, em um chute de fora da área e em cabeçada que obrigou Bento a fazer ótima defesa. Em outro lance, Paulo Henrique tabelou com Medel pela direita, mas a finalização explodiu em Marlon Gomes no caminho.

No geral, o Furacão foi melhor e terminou o jogo com 18 finalizações contra 8 do Vasco. Essa superioridade foi mais acentuada no segundo tempo, quando o time paranaense empilhou chances, pecou na falta de pontaria e parou nas mãos de Léo Jardim, que já acostumou-se a salvar o Vasco nesta temporada.

Ainda assim, o Vasco incomodou o Athletico e poderia perfeitamente ter inaugurado o placar com um chutaço de Gabriel Pec que Bento espalmou; ou na finalização de Praxedes, já nos acréscimos, que arrancou o grito de “gol” da torcida por ter balançado a rede pelo lado de fora.

Fonte: Ge