Uma inflamação pulmonar impediu que o Papa rezasse o Angelus com os fiéis na Praça São da janela de seu escritório. A leitura da sua alocução foi feita pelo Monsenhor Paolo Braida, da Secretaria de Estado, que o auxilia nas preparações dos textos.
O tema foi a Solenidade de Cristo Rei: “De acordo com os critérios do mundo, os amigos do rei devem ser aqueles que lhe deram riqueza e poder, que o ajudaram a conquistar territórios, a vencer batalhas, a tornar-se grande entre outros governantes, talvez aparecer como uma estrela nas primeiras páginas dos jornais ou nas mídias sociais”.
No entanto, de acordo com os critérios de Jesus, os amigos são outros: “O Filho do Homem é um Rei completamente diferente, que chama os pobres de ‘irmãos’, que se identifica com os famintos, os sedentos, os estrangeiros, os doentes, os presos”. Ele é um Rei sensível a todas realidades que, “infelizmente, são sempre muito atuais”.
O Papa enfatizou no texto lido que “o Evangelho de hoje nos diz que somos ‘benditos’ se respondermos a essas pobrezas com amor, com serviço: não olhando para o outro lado, mas dando de comer e beber, vestindo, hospedando, visitando, em uma palavra, estando perto dos necessitados”.
E isso porque Jesus tem suas irmãs e irmãos prediletos nas mulheres e homens mais frágeis. E o estilo com o qual os seus amigos são chamados a se distinguir é o seu próprio estilo: compaixão, misericórdia, ternura.
“Então, irmãos e irmãs, perguntemos a nós mesmos: acreditamos que a verdadeira realeza consiste na misericórdia? Acreditamos no poder do amor? Acreditamos que a caridade é a manifestação mais real do homem e é uma exigência indispensável para o cristão? E, enfim, uma pergunta particular: sou um amigo do Rei, ou seja, sinto-me envolvido em primeira pessoa nas necessidades dos sofredores que encontro em meu caminho?”
O convite final do Papa foi para “amar Jesus nosso Rei nos seus irmãos mais pequeninos”.
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