Da defesa ao ataque, Tiago Nunes tem a missão de encontrar melhor versão do time para que volte a vislumbrar a taça do Brasileirão
Mais do que sete tropeços em sequência, o Botafogo encontra problemas em diferentes setores que podem estar frustrando a expectativa pelo ainda sonhado título do Brasileirão. O líder por mais de 30 rodadas agora ocupa o segundo lugar, com um ponto a menos que o Palmeiras, e chega ao momento do “tudo ou nada”. Essa missão cabe ao novo treinador Tiago Nunes.
A dificuldades passam pelo setor defensivo, que teve aumento em 142% dos gols sofridos no segundo turno, e também chegam ao ataque, apesar de parte dele ser efetivo nos últimos jogos. Abaixo, o ge elenca alguns dos problemas emergenciais no time a serem solucionados a partir das 16h deste domingo, contra o Santos:
Lateral-esquerda
O titular da posição e capitão Marçal teve confirmada uma lesão na fáscia plantar e ainda não há previsão de retorno – apesar de quem não vinha com bom rendimento em seu setor. Para o jogo deste sábado, Hugo está suspenso. Com isso não há substituto da função originalmente.
A tendência é que o zagueiro angolano Bastos seja o escolhido para ser improvisado. A alternativa também passa a ser um esquema tático com três defensores, sem a presença de dois laterais, por exemplo.
Lateral-direita
Semelhante ao setor oposto, o lado direito segue sendo uma dor de cabeça para os técnicos que passam pelo Botafogo. Di Plácido sofre defensivamente, e é um dos jogadores que mais oscilaram durante a temporada.
Para “driblar” a carência do setor, Tiago Nunes promoveu Tchê Tchê naquele lado em parte do jogo contra o Fortaleza, o mesmo feito por Bruno Lage em alguns momentos das partidass em que esteve no comando do time. A alternativa também passa a ser a mudança para uma nova formatação defensiva, apesar de haver pouco tempo para testes. Mateo Ponte, machucado, e JP Galvão, meia que era alternativa, não foram relacionados.
Zaga
Além das laterais, a zaga também sofre com as investidas dos adversários: seja de atacantes de área, como os que chegam pelas pontas. Em jogadas individuais, o zagueiro Victor Cuesta é penalizado com a marcação. Seja pelo desgaste físico ao longo de 2023 ou pela fragilidade da sua proteção – no caso, o lateral-esquerdo ou até o mesmo o primeiro volante – esse tem sido um dos problemas nos gols sofridos.
O momento para mudança no setor ainda pode ser arriscado pelas poucas opções da defesa, que como mencionado anteriormente, tem chances de ter uma linha defensiva com três defensores.
Meio-campo
Uma das mudanças para o jogo de hoje passa pelo meio de campo. Danilo Barbosa é um jogador que ajuda na contenção da defesa e seguidamente aparece ao ataque – foi ele, inclusive, que marcou o gol de empate com o Fortaleza. A tendência é que ele volte ao time.
Além disso, há a possibilidade do ingresso de Gabriel Pires, meio-campista mais avançado e com características mais semelhantes às de Eduardo, que convive com má fase. Essas são duas opções para um setor tão importante na engrenagem do time que chegou ao topo da competição com sobra.
Ataque
Se Júnior Santos recuperou o bom momento até pouco tempo atrás, esse não é o caso do artilheiro do time Tiquinho Soares. O camisa 9, assim como Eduardo, convive com a queda de rendimento. Seja pelas duas lesões em três meses, que podem ter resultado em desgate físico – algo natural com o fim da temporada – ou pelo mérito dos adversários em sobrecarregar a marcação sobre ele.
Tiquinho vê a concorrência de Diego Costa cada vez mais equiparada – o atacante tem o mesmo número de gols que Tiquinho desde que chegou ao Rio de Janeiro. Tiago tem a opção de usar os dois em campo juntos, ou até mesmo optar pelo reserva, outra ação que Bruno Lage teve.
Botafogo enfrenta o Santos às 16h deste domingo, no Nilton Santos, e caso faça o “dever de casa”, ficará de olho em Fortaleza x Palmeiras para torcer por um tropeço dos paulistas.
Fonte: Ge