20 de Dezembro, memória:

Igreja

São Domingos de Silos, bispo.

Por volta do ano 1000, a Espanha era dividida em reinos vários. No de Navarra nasceu Domingos, em família pobre. Quando menino foi pastor de ovelhas, e sua bondade e generosidade já se mostravam por oferecer ele leite aos viajantes pobres. Tinha especial inclinação para os estudos, e o cura da paróquia o acolheu na sua escola; fez os estudos superiores com tanto êxito que o bispo quis ordená-lo sacerdote, o que Domingos recusou por não se considerar digno. Voltou-se então para a vida eremítica e em seguida para um mosteiro beneditino, onde achou sua plena vocação.

Monge exemplar, cresceu em conhecimento, espiritualidade, disciplina e zelo. Tanto que aos 30 anos foi designado para restaurar e reabrir o mosteiro de Santa Maria, então fechado. Obteve dinheiro pedindo esmolas, e trabalhou como operário nas reconstruções. Terminada esta obra, foi destinado como abade do mosteiro de São Millian de la Cogolla, o mais importante na região, enquanto, entre os novos candidatos para Santa Maria, estavam seu próprio pai e alguns parentes.

O príncipe de Navarra cobiçava os bens do mosteiro de Cogolla, e a situação crítica forçou Domingos a se transferir para o Reino de Castela, como abade do mosteiro de São Sebastião de Silos, em Burgos, em decadência na época. Mas por seu entusiasmo e trabalho em mais de 30 anos ali, foi considerado como um novo fundador da casa. Esmerou-se em desenvolver a cultura, enriquecendo a biblioteca com muitos manuscritos, e desenvolvendo e ensinando exemplarmente agricultura e pecuária. Mas sobretudo valorizou e exaltou as atividades monásticas, o esplendor do culto litúrgico, o zelo pastoral pelas populações vizinhas.

 Foi considerado o apóstolo de Castela; prenunciou a própria morte, a 20 de dezembro de 1073.

São Domingos de Silos, rogai por nós!