O estudante mineiro que levou um tiro na cabeça em uma praia de Cabo Frio durante o Réveillon seguiu os dias de descanso acreditando ter sido atingido por uma pedrada e viajou mais de 300 km dirigindo o carro até Juiz de Fora, onde mora. A viagem, feita em 7 horas, não teve intercorrências, e Mateus Facio seguiu a vida normalmente até que, quatro dias depois, começou a se sentir mal e procurou um hospital da cidade.
Só após exames, descobriu que a pedrada levada no dia 31 de dezembro, na verdade, foi um disparo de projétil calibre 9 milímetros que já estava pressionando o cérebro dele.
“Imaginei que fosse uma pedrada, algo do tipo. Ouvi um barulho tipo de explosão, só que dentro da minha cabeça. Então eu olho pra frente e tá todo mundo sem entender nada e eu ‘ai ai ai’. Um médico, que estava com o grupo de turistas, estancou o sangramento, colocou gelo e os jovens seguiram para a noite de Réveillon, em Búzios.
Após exames em um hospital particular de Juiz de Fora, foi identificada a bala na cabeça do jovem, que precisou ser operado. Ele ficou dois dias no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) da unidade e mais um dia no quarto.
O projétil retirado da cabeça do estudante será encaminhado para a Polícia Civil de Cabo Frio, que ficará responsável por investigar de onde saiu a bala e quem efetuou o disparo.
Conforme a Polícia Militar, não houve registro de nenhuma ocorrência no dia envolvendo tiros na região da praia.