Na encíclica SPE SALVI, Bento XVI expõe a sua visão acerca do julgamento das almas após a morte.

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No ponto 45, ele fala das pessoas que, em vida, “destruíram totalmente em si próprias o desejo da verdade”. Então, vão para o Inferno. Bento também fala daqueles que “se deixaram penetrar inteiramente por Deus”, e vão direto para o Céu.

A seguir, no ponto 46, ele explica que “nem um nem outro são o caso normal da existência humana”. Ou seja: o mais comum não é ir pro inferno nem ir pro Céu direto após a morte.

Bento deixa bem claro que acredita que a maioria das pessoas se salva, tendo antes que se purificar no fogo do Purgatório:

“…segundo a nossa experiência, nem um nem outro são o caso normal da existência humana. Na maioria dos homens – como podemos supor – perdura no mais profundo da sua essência uma derradeira abertura interior para a verdade, para o amor, para Deus. Nas opções concretas da vida, porém, aquela é sepultada sob repetidos compromissos com o mal: muita sujeira cobre a pureza, da qual, contudo, permanece a sede e que, apesar de tudo, ressurge sempre de toda a abjecção e continua presente na alma. O que acontece a tais indivíduos quando comparecem diante do Juiz?”

A partir daí, ele segue exxpondo uma brilhante Teologia sobre o que acontece com as almas no Purgatório.

Foto: WD Krause