Eleições na Rússia devem garantir vitória e quinto mandato para líder russo
Dados pessoais
Data de nascimento: 7 de de 1952
Local de nascimento: Leninegrado (agora São Petersburgo), Rússia
Nome de nascimento: Vladimir Vladimirovich Putin
Pai: Vladimir Putin, operário em uma fábrica
Mãe: Maria Putin
Casamento: Lyudmila (Shkrebneva) Putin (28 de julho de 1983-2014, divorciados)
Filhos: Yekaterina e Maria
Educação: Estudou direito na Universidade Estadual de Leningrado
Religião: cristão ortodoxo
Outros dados
Gosta de fazer exercícios e é faixa preta em judo.
Ele cresceu em um apartamento compartilhado por mais três famílias.
Serviu na KGB como agente de inteligência antes de se envolver na política.
Tornou-se presidente interino da Rússia em dezembro de 1999, com a renúncia de Boris Yeltsin, e foi eleito presidente em março de 2000.
Desde então, está no poder, mas entre 2008 e 2012 foi primeiro-ministro da Rússia.
Cronologia
1975 – Entra para a KGB (polícia secreta da União Soviética)
1985 – É designado para a contra-espionagem em Dresden, Alemanha Oriental. Ele supervisionava a lealdade dos diplomatas soviéticos.
1990 – Torna-se vice-reitor de assuntos internacionais na Universidade Estadual de Leninegrado. Ele supervisiona a lealdade dos estudantes e estrangeiros.
1991 – Entra para a política e desiste da KGB.
1997 – Putin é nomeado administrador-chefe adjunto do Kremlin sob a presidência de Boris Yeltsin.
9 de agosto de 1999 – Yeltsin nomeia Putin como primeiro-ministro.
31 de dezembro de 1999 – Yeltsin renuncia em meio a um escândalo e Putin se torna presidente interino.
26 de março de 2000 – Eleito presidente da Rússia e assume o cargo em maio do mesmo ano.
24 de maio de 2002 – Putin e o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, assinam o Tratado de Moscou sobre Reduções de Operações Ofensivas Estratégicas, que exige que cada país reduza suas ogivas nucleares estratégicas no decorrer de dez anos.
15 de março de 2004 – É reeleito após fazer campanha como candidato independente.
27 de abril de 2005 – Torna-se o primeiro líder russo a visitar Israel.
4 e 5 de Outubro de 2005 – Visita o primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, e anuncia uma maior cooperação entre a Rússia e o Reino Unido no combate ao terrorismo.
19 de dezembro de 2007 – Nomeado Pessoa do Ano pela revista Time.
2 de março de 2008 – Dmitry Medvedev é eleito presidente da Rússia. Apenas duas horas após o seu juramento presidencial, Medvedev nomeia Putin como primeiro-ministro.
Agosto de 2008 – A Rússia se envolve em um conflito militar com a vizinha Geórgia.
4 de março de 2012 – Putin ganha um terceiro mandato como presidente, com pouco menos de 65% dos votos. Os críticos questionam os resultados em meio a denúncias de fraude eleitoral. Ele assume o cargo sob rigorosas medidas de segurança. Centenas de manifestantes são detidos pela polícia.
14 de dezembro de 2012 – O presidente dos EUA, Barack Obama, assina a Lei Magnitsky, uma lei que impõe restrições financeiras e de viagem às pessoas na Rússia suspeitas de violações dos direitos humanos. A lei tem o nome de Sergey Magnitsky, um advogado que morreu em circunstâncias misteriosas em 2009, depois de ter encontrado provas de que funcionários russos cometeram fraude fiscal.
28 de dezembro de 2012 – Em resposta à lei Magnitsky, Putin assina um projeto de lei que proíbe os cidadãos americanos de adotar crianças russas. A lei também proíbe que grupos civis financiados pelos EUA operem na Rússia.
6 de junho de 2013 – Putin se divorcia.
Março de 2014 – Putin envia tropas para a Crimeia depois que o presidente ucraniano, Viktor Yanukovych, fugiu em meio a protestos violentos.
6 de agosto de 2014 – Putin assina um decreto que proíbe as importações de alimentos e produtos agrícolas de países que impuseram sanções contra a Rússia.
28 de setembro de 2015 – Putin participa da Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova York e depois se reúne com Obama. Os dois líderes falam sobre a Ucrânia e a Síria, segundo autoridades americanas.
21 de janeiro de 2016 – Uma investigação do Reino Unido apresenta evidências que sugerem que Putin aprovou a operação para matar o ex-espía russo Alexander Litvinenko, em 2006.
25 de julho de 2016 – O FBI anuncia uma investigação sobre uma possível invasão nos emails da Comissão Nacional Democrata. Embora a declaração não indique que a agência tenha em mente um suspeito em particular, autoridades americanas disseram à CNN que acreditam que o ataque cibernético está relacionado com a Rússia. Putin negou o caso.
6 de janeiro de 2017 – Escritório do Diretor de Inteligência Nacional dos EUA publica um relatório que conclui que Putin ordenou uma “campanha de influência” destinada a prejudicar Hillary Clinton e ajudar Trump nas eleições presidenciais de 2016. Putin nega o caso.
7 de julho de 2017 – Putin e Trump se reúnem pela primeira vez na cúpula do G20 em Hamburgo, Alemanha. Durante uma reunião de duas horas, os líderes discutiram alegações de interferência russa nas eleições americanas e na guerra na Síria, entre outras coisas. Horas depois, eles voltam a conversar informalmente durante um jantar com outros chefes de Estado.
30 de julho de 2017 – Putin anuncia que a Rússia implementa uma série de medidas em resposta a um novo projeto de lei de sanções aprovado por Trump. E diz que 755 funcionários das missões diplomáticas americanas na Rússia serão despedidos de seus empregos.
1 de março de 2018 – Durante o seu discurso anual perante o Parlamento, Putin se gaba das capacidades nucleares do país.
18 de março de 2018 – Putin vence as eleições com 76,7% dos votos, segundo a Comissão Eleitoral Central da Rússia. O seu principal rival, o líder da oposição Alexei Navalny, foi proibido de concorrer. Os observadores eleitorais internacionais dizem que os votos foram contados de forma ordenada, mas criticam a cobertura mediática estatal da corrida presidencial, que promoveu Putin.
16 de julho de 2018 – Putin e Trump se reúnem em Helsinque e realizam uma coletiva de imprensa conjunta. Trump se recusa a apoiar a avaliação do governo dos Estados Unidos de que a Rússia interferiu nas eleições.
28 de novembro de 2018 – As autoridades do Reino Unido consideram que Putin aprovou um ataque com um veneno contra um ex-espião russo. O ataque em Salisbury, Inglaterra, deixou Sergei Skripal e sua filha, Yulia, doentes. Outra mulher que entrou em contato com o veneno morreu.
25 de abril de 2019 – O líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, se reúne com Putin em Vladivostok.
3 de julho de 2019 – Putin assina uma lei que suspende a participação da Rússia no Tratado sobre as Forças Nucleares.
15 de janeiro de 2020 – Putin anuncia planos para impulsionar reformas que tornariam seu sucessor um presidente menos poderoso. A autoridade se redistribuiria dando maior influência ao parlamento russo e ao escritório do primeiro-ministro. Todos os integrantes do governo se demitem no mesmo dia.
23 de março de 2021 – O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, diz à CNN que Putin recebeu uma vacina contra o Covid-19, embora não tenham sido disponibilizados vídeos ou imagens do processo de vacinação. O porta-voz não revelou qual vacina foi usada, mas disse que era uma das três vacinas russas aprovadas: Sputnik V, EpiVacCorona ou CoviVac.
5 de abril de 2021 – Putin converte em lei emendas constitucionais que lhe permitiriam buscar mais dois mandatos de seis anos.
24 de fevereiro de 2022 – As forças militares russas invadem a Ucrânia e começa uma guerra no leste europeu.
21 de setembro de 2022 – Durante um discurso, Putin ameaça recorrer às armas nucleares contra a Ucrânia: “Em caso de ameaça à integridade territorial de nosso país e para defender a Rússia e a nosso povo, sem dúvida faremos uso de todos os sistemas de armas que dispomos”.
30 de setembro de 2022 – Desafiando o direito internacional, Putin anuncia que a Rússia anexará quatro regiões ucranianas como território russo: Luhansk, Donetsk, Kherson e Zaporizhzhya.
17 de março de 2023 – O Tribunal Penal Internacional (TPI) emite um mandado de prisão contra Putin e a funcionária russa Maria Lvova-Belova por um suposto plano para deportar crianças ucranianas para a Rússia.
28 de agosto de 2023 – Pesquisadores russos confirmaram que o chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, estava entre as 10 pessoas que morreram na queda de um avião. Prigozhin e Putin se conheciam desde o início da década de 1990, quando ambos ganharam influência após o colapso da União Soviética, mas em junho Prigozhin liderou uma revolta fracassada contra o Kremlin.
8 de dezembro de 2023 – Putin afirma que irá concorrer a um quinto mandato presidencial em março de 2024, numa medida que poderá permitir que ele se mantenha no poder até 2030.
16 de fevereiro de 2024 – Alexey Navalny, o principal opositoro de Putin, morre na prisão, segundo a agência de comunicação estatal TASS citando o serviço penitenciário do país.
13 de março de 2024 – Moscou está pronta para usar armas nucleares se houver uma ameaça à existência do Estado russo, mas “nunca houve tal necessidade”, diz Putin em uma entrevista à mídia estatal.