Santo Expedito de Melitene, mártir.
Sabe-se que Expedito era romano e nasceu no século III. Foi senador em Roma, príncipe-consul do Império na Armênia, e chefe militar de 296 a 303, comandando a XII Legião Romana, a Fulminata (“aquela que fulmina como um raio”), uma das mais gloriosas, tendo sido inclusive anteriormente dirigida pelo imperador Marco Aurélio.
O comando desta legião exigia invulgar competência e coragem, na incumbência de guardar as fronteiras orientais romanas contra os bárbaros asiáticos.
Consta que Expedito, como outros comandantes romanos, levava vida devassa. Conheceu a Fé na sua própria Legião, formada em parte por soldados cristãos, um deles, Polieucto de Metilene, mártir em 193. Também o contato com outros povos nas fronteiras lhe facilitou o conhecimento de cristãos. Mesmo reconhecendo a verdade do Cristianismo, Expedito adiava indefinidamente a sua conversão, até que, num sonho, apareceu-lhe um corvo que gritava insistentemente “Cras!”, em Latim, “Amanhã!”; o diabo não queria que ele se batizasse. Mas Expedito, decidindo-se, pisoteou o corvo, respondendo: “Hodie!”, “Hoje!”. Ao acordar, tomou as providências para ser batizado, e ainda liderando a XII, chegou a converter seus soldados.
A conversão desta tropa muito incomodou o imperador Dioclesiano, pois era uma forte influência pró-cristianismo no Império. Assim Expedito foi preso e intimado a abjurar, o que ele recusou. Foi condenado à flagelação romana, 39 chicotadas com o flagrus, que dilacera a pele e provoca hemorragias. E julgou-se indigno de sofrer o mesmo castigo infligido a Jesus pelos soldados romanos… como não mudou de ideia, o decapitaram, em 19 de abril de 303, em Metilene, na Armênia. Seus soldados foram igualmente martirizados, e tais exemplos converteram muitos da região.
Santo Expedito é padroeiro das causas urgentes, dos militares, dos estudantes e dos viajantes.
Santo Expedito, rogai por nós!