23 de Abril, memória:

Igreja

São Jorge da Capadócia, mártir.

Jorge nasceu na antiga região chamada Capadócia, atualmente parte da Turquia, por volta do ano 280, de família cristã. Seu pai, militar, morreu combatendo, e sua mãe mudou-se com o filho para a Palestina, sua terra de origem.

Adolescente, Jorge entrou para o exército do imperador romano Dioclesiano, onde tornou-se capitão. Suas provadas qualidades mereceram do imperador um título de nobreza, de modo que com 23 anos Jorge passou a residir na alta corte, trabalhando como Tribuno Militar.

Dioclesiano, porém, decretou em 303 o início de uma imensa perseguição à Igreja, entre outras coisas influenciado por Galério (também imperador romano na reorganização política chamada Tetrarquia, como administrador das províncias balcânicas). Este alegava que os cristãos traziam “azar” para o império. Jorge testemunhou as injustiças contra os cristãos e, após doar sua grande herança para os pobres, declarou-se publicamente fiel a Cristo. Diante do imperador, na reunião senatorial confirmando o edito das perseguições, Jorge levantou-se condenando a falsidade dos ídolos pagãos e confessou a sua Fé.

O imperador, inicialmente, quis suborná-lo com uma promoção, terras e dinheiro, o que foi inútil. Então Jorge foi preso e colocado numa cela, para onde levaram uma mulher com a missão de seduzi-lo. Mas no dia seguinte a mulher havia sido convertida e batizada. Seguiu-se a tortura e a decapitação de Jorge, chamado por isso, no Oriente, de megalomartir, isto é, o grande mártir. A imperatriz, Prisca, diante destes fatos, acabou por se converter ao Cristianismo, sendo posteriormente morta com a filha Valéria, ambas canonizadas.

A sepultura de São Jorge em Lida, atualmente uma cidade em Israel, perto de Tel-Aviv, é local de peregrinação, que não foi interrompida sequer durante as Cruzadas. Sua memória, tanto no Ocidente como no Oriente, é no dia 23 de abril.

São Jorge, rogai por nós!