18 de Julho.Santo Arnulfo de Metz582-641

Igreja

Arnulfo nasceu em Metz, na antiga Gália, agora França, no ano 582. A sua família era muito importante, cristã, e fazia parte da nobreza. Ele estudou e se casou com uma aristocrata, com a qual teve dois filhos. A região da Gália era dominada pelos francos e era dividida em diversos reinos que guerreavam entre si. Isso provocava grandes massacres familiares e corrupção.

Um desses reinos era o da Austrásia, do rei Teodeberto II, para o qual Arnolfo passou a trabalhar. Mas quando o rei morreu, todos os seus descendentes e familiares foram assassinados a mando do rei dos francos, Clotário II, que incorporou a região aos seus domínios.

Era nesse clima que vivia Arnolfo, um homem de fé inabalável, correto e justo. O rei Clotário II, agora soberano de um extenso território, conhecendo a fama da conduta cristã de Arnolfo, tornou-o seu conselheiro. Confiou-lhe, também, a educação de seu filho Dagoberto, que se formou dentro dos costumes da piedade e do amor cristão. Tal preparo fez de Dagoberto um dos reis católicos mais justos da história, não tendo cometido nenhuma atrocidade durante o seu governo.

Além disso, o rei Clotário II nomeou Arnolfo bispo de Metz, que acumulou todas as atribuições da Corte. Uma bela passagem ilustra bem o caráter desse homem, que mesmo leigo se tornou um dos grandes bispos do seu tempo. Temendo não ser digno do cargo, por causa dos seus pecados, atirou seu anel no rio Mosela, dizendo: “Senhor, se me perdoas, faze-o retornar”. O anel retornou dentro do ventre de um peixe. Essa tradição cristã ilustra bem a realidade de sua época, onde era difícil não pecar, especialmente para quem estava no poder.

Naquele tempo, as questões dos leigos e do celibato não tinham uma disciplina rigorosa e uniforme dentro da Igreja, que ainda seguia evangelizando a Europa. Por isso, mesmo casado, Arnolfo foi bispo e um de seus filhos tornou-se padre.

Sendo bispo de Metz chegou a dita região uma peste terrível que contaminou a água e muita gente ficou doente por consumi-la, por essa razão Santo Arnulfo animava seus fiéis a deixar de consumir a água contaminada e beber cerveja. Hoje sabemos que ao ferver a água para a fabricação da cerveja esta fica livre dos germes que produziam a enfermidade.

Depois de algum tempo Arnolfo abandonou o bispado para ingressar num mosteiro. Desta maneira serena, Arnolfo viveu o resto de seus dias, dedicando-se às orações, penitência e caridade.

Arnolfo morreu no dia 18 de julho de 641, naquele mosteiro. Assim que a notícia chegou em Metz, os habitantes reclamaram-lhe o corpo, depositando-o na basílica que adotou, para sempre, o seu nome.

No ano seguinte, os cidadãos de Metz pediram que seu corpo fosse exumado e levado a cidade para enterrá-lo na Igreja local. Enquanto carregavam o corpo de volta, vários fiéis sentiram-se cansados, esgotados e pararam numa taberna para comprar cerveja. Ao entrar, descobriram com tristeza que só havia uma garrafa e tiveram que compartilhar. Surpreendentemente a garrafa nunca acabou e todos puderam beber a cerveja e matar sua sede. O milagre foi atribuído a São Arnulfo e é a razão pela qual a Igreja o considera o santo padroeiro dos cervejeiros.

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