Francisco, após a oração mariana do Angelus, neste domingo, 04 de agosto, voltou seu pensamento ao povo venezuelano, definindo o atual cenário do país como “uma situação crítica”.
O Santo Padre fez “um sincero apelo a todas as partes para buscar a verdade, exercer moderação, evitar qualquer tipo de violência, resolver as controvérsias por meio do diálogo e ter no coração o verdadeiro bem da população, e não interesses pessoais”.
Em meio à crise política gerada pelos resultados eleitorais na Venezuela, que dão Nicolás Maduro como vencedor diante de sérios questionamentos sobre fraude, milhares de cidadãos saíram às ruas para protestar contra o que consideram ser uma fraude das eleições, já que as atas eleitorais coletadas pelos fiscais eleitorais da Plataforma Unitária Democrática evidenciam o triunfo de seu candidato, Edmundo González Urrutia.
Os bispos da nação já haviam se manifestado, expressando sua proximidade e solidariedade ao povo venezuelano “nesses momentos de difícil situação política e social”. Também o Conselho Episcopal Latino-Americano e do Caribe (CELAM) enviou uma mensagem de solidariedade e proximidade ao país:
“Estamos comovidos com a angústia e a ansiedade experimentadas por tantas de nossas irmãs e irmãos que anseiam por um futuro melhor para si mesmos, suas famílias e comunidades. Nos unimos aos bispos venezuelanos que, como pastores, expressaram: É o próprio Cristo que sustenta nosso país! Que o desânimo e o desespero não encontrem lugar na vida do cristão.”
Ao final do seu apelo, o Papa confiou a Venezuela “à intercessão de Nossa Senhora de Coromoto, tão amada e venerada pelos venezuelanos, e à oração do Beato José Gregorio Hernández, cuja figura une a todos”.
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