Previsto para 2025, disco celebra os 90 anos da artista e reúne músicos do naipe de Amaro Freitas, João Camarero, Antonio Adolfo, Guinga e Zé Manoel. Cantoras de gerações e universos musicais distintos, Alaíde Costa e Maria Bethânia sempre foram unidas pela devoção a Dalva de Oliveira (5 de maio de 1917 – 30 de agosto de 1972), estrela da era do rádio. Com lâmina afiada, a paulista Dalva rasgou corações com os agudos da cristalina voz de soprano que ecoou pelo Brasil em tom melodramático ao longo dos anos 1950.
Intérprete que despontou em 1965, após o apogeu do rádio, Bethânia já fez 12 incursões pelo repertório da antecessora em discos lançados ao longo de 60 anos de carreira, sendo a segunda cantora que mais gravou o repertório de Dalva, perdendo somente para Angela Maria (1929 – 2018), outra estrela da era do rádio que dedicou álbum em 1997 ao repertório da colega, Pela saudade que me invade – Um tributo a Dalva de Oliveira.
No sábado, 12 de outubro, dia de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, a adoração de Dalva de Oliveira por Maria Bethânia levou a cantora baiana ao estúdio da gravadora Biscoito Fino, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), para gravar Ave Maria no morro (Herivelto Martins, 1942) em dueto com Alaíde Costa.