Realizaram-se na tarde desta terça-feira, na Basílica Vaticana, as exéquias do Card. Renato Martino, que faleceu na segunda-feira em Roma.
A celebração foi presidida pelo decano do Colégio Cardinalício, Card. Giovanni Battista Re. O Papa Francisco compareceu no final, para o rito de Última Encomendação e Despedida.
Em sua homilia, o cardeal Re recordou que Martino estava desse há muito doente e não era mais capaz de sair de casa. Mesmo assim, celebrava a missa diariamente todas as manhãs, concelebrando com um sacerdote que ia até sua casa. Cerca de dez dias atrás, pediu para receber o Sacramento da Unção dos Enfermos.
“Enquanto suas energias diminuíam, o Card. Martino acolheu o seu ocaso com a serenidade de quem sabe que morrer significa entrar na eterna felicidade. A nossa vida, com efeito, não termina no túmulo, mas na casa do Pai. A morte é Deus que chama para a vida eterna. Esta certeza iluminou toda a sua existência, vivida totalmente a serviço da Igreja, da Santa Sé e do Papa.”
Nascido na cidade italiana de Salerno em 1932, Renato Raffaele Martino foi ordenado sacerdote em 1957. Ao se formar em Direito Canônico, logo entrou para o serviço diplomático da Santa Sé e trabalhou nas nunciaturas de Nicarágua, Filipinas, Líbano, Canadá e Brasil.
Depois se tornou responsável pela Seção da Secretaria de Estado para as Organizações internacionais. Em 1980 foi nomeado Pro-Núncio na Tailândia e delegado Apostólico em Singapura, Malásia e Laos.
Sucessivamente, foi por 16 anos Observador permanente da Santa Sé na ONU, em Nova Iorque. Em 2002 foi chamado pelo Papa João Paulo II a guiar o Pontifício Conselho “Justitia et pax” e logo se preocupou para concluir e publicar o Compêndio da Doutrina Social da Igreja, iniciado pelo seu Predecessor, o Card. Francois-Xaver Van Thuan.
Foi criado cardeal em 2003 e em 2014 se tornou o cardeal protodiácono, encarregado de anunciar a eleição de um novo Papa.
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