Com Maria e José sigamos com esperança no caminho do Senhor

Igreja

A catequese do Papa preparada para a Audiência Geral desta quarta-feira foi publicada pela Sala de Imprensa da Santa Sé. Dando continuidade ao ciclo jubilar sobre “Jesus Cristo, nossa esperança”, o tema abordado nesta última catequese dedicada à infância de Jesus foi o episódio em que, aos doze anos, o pequeno Messias permaneceu no Templo sem avisar seus pais, que o procuraram ansiosamente e o encontraram após três dias.

Neste relato, destaca-se o diálogo entre Maria e Jesus, que ilumina o caminho espiritual da Mãe do Senhor, repleto de desafios e descobertas. O Papa recorda que Maria percorreu um itinerário de fé singular, crescendo na compreensão do mistério de seu Filho. Desde a visita a Isabel, passando pelo nascimento em Belém, a fuga para o Egito e a vida em Nazaré, até a presença discreta e fiel durante o ministério público de Jesus e sua Paixão, Maria esteve sempre ao lado do Filho, aprendendo e se deixando moldar pela Palavra de Deus.

“Maria trouxe ao mundo Jesus, Esperança da humanidade, alimentou-o, ajudou-o a crescer, seguiu-o e, ao mesmo tempo, tornou-se sua primeira discípula”, sublinha Francisco. O Papa cita Bento XVI, recordando que Maria estava profundamente unida à Palavra divina: “Ela fala e pensa com a Palavra de Deus […] Assim, revela-se também que seus pensamentos estão em sintonia com os pensamentos de Deus”.

O Santo Padre enfatiza a dor e a angústia de Maria e José ao perderem Jesus na peregrinação anual a Jerusalém, bem como a surpresa ao encontrá-lo discutindo com os mestres da Lei. O diálogo entre mãe e filho evidencia a tensão entre a proteção dos pais e a missão divina de Jesus. Ao ouvir sua resposta – “Não sabeis que devo ocupar-me das coisas de meu Pai?” (Lc 2,49) -, Maria e José não compreendem totalmente, pois o mistério de Deus feito menino ultrapassa a lógica humana.

Encerrando sua reflexão, o Papa nos convida a seguir o exemplo de Maria e José, tornando-nos também “peregrinos de esperança”. Como eles, somos chamados a confiar em Deus, permitindo-nos ser conduzidos por Ele, pois o Senhor se revela não tanto em esquemas predefinidos, mas na resposta de amor filial à sua terna paternidade.
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